Mato Grosso, 29 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Foco de ferrugem asiática é registrado em área de monitoramento em Lucas do Rio Verde

02.03.2024
08:33
FONTE: Verbo Press

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  • foto: Assessoria

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A equipe de pesquisa da Fundação Rio Verde registrou esta semana um foco de ferrugem asiática numa área de monitoramento mantida pela instituição. O local serve para que os pesquisadores analisem o comportamento de plantas e detectem eventuais surgimentos e desenvolvimento de pragas. O alerta foi comunicado ao Consórcio Antiferrugem, que reúne informações da doença em todo o Brasil. Recentemente o Consórcio foi informado de focos de ferrugem asiática na região de Primavera do Leste, Campo Verde e Comodoro em Mato Grosso.

A pesquisadora Luana Belufi explicou que o registro é importante para que haja conhecimento sobre o comportamento da doença nas lavouras. A partir desse banco de dados, as informações podem ser repassadas aos produtores com maior precisão e com orientações de controle. Conforme a pesquisadora, o registro mostra uma mudança em relação aos anos anteriores sobre a presença da ferrugem na região de Lucas do Rio Verde. “Em geral a gente sempre encontra no final de janeiro, início de fevereiro nas áreas de monitoramento. Esse ano foi um pouco diferente das últimas onze safras que estou acompanhando. Ela ocorreu bem mais tarde do que o habitual pra nossa região”.

O registro foi feito no momento que se finaliza a maioria das colheitas da safra de soja em Lucas do Rio Verde. Luana explica que o registro ajuda a entender a dinâmica da doença e como as condições afetam de forma geral. “A gente vê que pra ferrugem asiática o fator climático também prejudicou seu desenvolvimento no início e ela foi ocorrer bem mais tarde do que costuma ser registrado nas nossas unidades de alerta”, detalha.

A informação do encontro do foco serve para que o produtor fique atento aos cuidados com as lavouras. Melhora no manejo e cuidado com o vazio sanitário da soja são duas condições importantes a serem observadas nas próximas safras. “Respeitar o vazio sanitário pra cultura da soja, todas as práticas e ferramentas que possa adotar pra minimizar o impacto das doenças é importante. A gente nunca sabe como vai ser o clima, sempre é bem incerto, mas a gente sabe que as doenças dependem da condição climática e da distribuição da semeadura, da cultura da soja”.

Por fim, a pesquisadora observa que a ferrugem é uma doença que se alastra rapidamente provoca muitos prejuízos aos produtores. “Tem um impacto bastante forte, é uma doença que a gente sempre fica em alerta, porque quando ela ocorre prejudica muito a produtividade. Ela afeta diretamente o enchimento de grãos e é uma doença muito agressiva”, alerta. “Enquanto ela ocorre nos estágios mais iniciais da cultura prejudica e muito e a gente vê, de certa forma, que os produtos, ao longo dos anos, perderam também a eficácia de controle. Então é importante ter essas outras ferramentas pra minimizar o impacto dessa doença. É uma doença que se desloca pelo vento e se dissemina com uma rapidez muito grande. Ela produz muitas estruturas de infecção e quando entra na área, a gente já sabe que vai atingir proporções muito maiores em pouco período de tempo. É uma doença que se propaga muito rapidamente”, conclui.

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