Um estudo feito pela Casa da Adolescente, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, levantou que 23% das adolescentes já usaram a pílula do dia seguinte para evitar a gravidez. A pesquisa, feita com 600 jovens, apontou também que 75% das meninas e 60% dos meninos, com idades entre 10 e 15 anos, sabem quais são os efeitos do medicamento.
A coordenadora do Programa Estadual de Saúde do Adolescente, Albertina Duarte, alertou que a pílula do dia seguinte expõe as usuárias a uma situação de risco, principalmente às doenças sexualmente transmissíveis, já que elas deixam de usar preservativos. Além disso, o medicamento tem índice de falha 15 vezes maior do que o anticoncepcional comum.
De acordo com dados do Boletim Epidemiológico do Centro de Referência e Treinamento (CRT) DST/Aids, ligado à Secretaria, em 2011 foram notificados 134 casos da doença em pessoas com idades entre 10 e 19 anos, número 25% maior do que em 2010, quando foram registrados 107 novos casos.