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A presidente Dilma Rousseff prometeu nesta segunda-feira (4), durante discurso cidade paraibana de Itatuba, acabar com o problema da seca na região Nordeste. Ela visitou obras do canal Acauã – Araçagi, maior obra em oferta de água do estado nos últimos 30 anos, segundo disse.
Dilma disse que o enfrentamento da estiagem na região é um “desafio do tamanho do Brasil”. “O desafio que é botar água na torneira de todas as donas de casa aqui do Nordeste”.
“Queremos parceria, nós precisamos dos empresários, precisamos dos prefeitos, dos governadores para levar a cabo esse que é um desafio de uma geração. Ficamos 500 anos sem resolver o problema da água, mas a nossa geração vai resolver o problema da água aqui no Nordeste. Nós vamos fazer isso”, afirmou Dilma.
Dilma visitou nesta tarde as obras da primeira etapa do sistema adutor das vertentes litorâneas da Paraíba, o canal Acauã – Araçagi. O empreendimento foi iniciado em outubro do ano passado e tem orçamento de R$ 860,8 milhões da União e contrapartida do estado de R$ 95,64 milhões, segundo informou assessoria do Planalto.
O canal terá 112,5 km de extensão e poderá beneficiar, conforme assessoria, 300 mil pessoas com abastecimento de água para consumo humano e para sistemas de irrigação.
Mais cedo, na capital paraibana João Pessoa, ela entregou 576 moradias do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida no Residencial Jardim Veneza.
Dilma Rousseff e o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra – que também discursou no evento -, prometeram realizar um estudo com a finalidade de se desenvolver projetos hídricos no estado. “O que falta não é dinheiro. É projeto para fornecer água para a população do semi árido”, disse Dilma.
A presidente defendeu seu governo ao dizer que há obras estruturantes em andamento e não apenas emergenciais, como construção de cisternas e carros pipas. “Aqueles que dizem que nós não fazemos obras estruturantes, só obras emergenciais, eles estão errados”, afirmou.
Dilma disse, porém, que os governantes não ficarão “de braços cruzados”. “Nós temos responsabilidade com o povo então fazemos obras emergenciais também, porque o governo federal e os governadores do nordeste não vão ficar de braços cruzados vendo a seca surgir”, declarou.
Para a presidente, o investimento de quase um bilhão de reais no canal de Itatuba mostra que “as coisas mudaram e mudaram para melhor”. Ela afirmou que, antes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), criado no governo Lula, o país todo gastava menos de R$ 200 milhões por ano em obras hídricas.
“Não queremos que o Nordeste seja atendido com carros pipa. Queremos que aqui tenha obras estruturantes, mas enquanto elas não ficam prontas, nós vamos garantir carros pipas sim, que o agricultor tenha acesso a sua cisterna”, afirmou.
A presidente reafirmou o compromisso de concluir as obras de interligação da bacia do rio São Francisco até 2015, conforme já havia dito nesta manhã no programa de rádio “Café com a Presidente”, da estatal Empresa Brasil de Comunicação.
“Não só eu assumo aqui o compromisso que iremos até 2014 entregar uma parte dessa interligação, como ela estará concluída até 2015. Eu assumo em meu nome e nome [do ministro] Fernando Bezerra”, discursou.
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