Nos 12 mandados de prisão que expediu na sexta-feira (15) contra parte dos condenados no processo do mensalão, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, deu ordem expressa para que os policiais federais que iriam executar as ordens judiciais agissem com “absoluta urbanidade” com os condenados.
O G1 teve acesso a um dos documentos emitidos pelo STF, fornecido pelo advogado de um dos detentos sob a condição de que fosse mantido o sigilo dos dados pessoais do cliente.
No documento, Joaquim Barbosa também determinou às autoridades policiais assegurar aos presos “respeito” às garantias constitucionais. Apesar das precauções do magistrado, a PF não executou nenhuma detenção. Dos 12 réus que receberam ordens de prisão, 11 optaram por se apresentar voluntariamente à Polícia Federal.
Apenas o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato ainda não está sob custódia da polícia. Condenado a 12 anos e 7 meses de prisão, o ex-dirigente do banco público fugiu para a Itália para evitar a prisão, informou o advogado que até então o representava na ação penal, Marthius Sávio Cavalcante Lobato. Pizzolato já é considerado foragido pela PF.
Na ordem de prisão, o ministro do STF também ressaltou que, após detidos, os 12 condenados deveriam ficar à disposição do juiz da Vara de Execução Penal de Brasília.