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A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (17) que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas está carente de legitimidade para enfrentar ameaças à paz mundial. Ela discursou durante cerimônia de formatura de 30 novos diplomatas do Instituto Rio Branco, no Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores.
O governo brasileiro reivindica vaga de membro permanente no Conselho de Segurança da ONU. O conselho é o órgão das Nações Unidas responsável pela preservação da paz mundial. É integrado por membros permanentes, com poder de veto (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China) e membros temporários. Atualmente, o Brasil ocupa uma vaga não-permanente no conselho e chefia a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah).
“A governança mundial necessita urgente e profunda reforma, seja de organismos econômicos, como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial [...], seja também nas Nações Unidas, em particular no seu Conselho de Segurança, hoje carente de representatividade e muitas vezes de legitimidade para enfrentar e resolver as constantes ameaças à paz mundial”, afirmou a presidente.
Dilma falou sobre a necessidade de mudanças no Conselho de Segurança da ONU ao defender o multilateralismo, condição, segundo disse, para a “afirmação da personalidade própria de todos os povos e também do Brasil”.
“O multilateralismo [é o] único instrumento capaz de resolver graves contenciosos mundiais em clima de respeito mútuo e sem imposições unilaterais”, afirmou.
A presidente disse que os “complexos” problemas do comércio exterior mundial devem ser resolvidos com acordos multilaterais.
“Acordos bilaterais, sobretudo aqueles entre economias assimétricas, oferecem muitas vezes a ilusão de ganhos imediatos, mas terminam por produzir resultado oposto, enfraquecendo a indústria nacional, a agricultura e o setor de serviços”, disse.
Para a presidente, as reformas de organismos econômicos internacionais devem refletir a atual correlação de forças econômicas, “que depois das varias décadas que nos separam do final da Segunda Guerra Mundial e que alteraram o perfil das relações econômicas entre os países, exige que tenhamos isso expressado nas instituições do Fundo Monetário e do Banco Mundial”.
Protecionismo
Dilma criticou o protecionismo e defendeu a ampliação das relações comerciais com a América Latina e com a África ao falar sobre a crise econômica mundial, “talvez a maior crise desde 1929”, segundo disse.
“Ao olharmos a crise, não propúnhamos, não propusemos e não propomos o isolamento, o protecionismo, mas sim a consolidação da nossa cooperação, dos laços regionais, ampliando e fortalecendo”, declarou.
A presidente disse que o Brasil usou políticas sociais como os programas Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e Luz para Todos para “emergir como potência”.
“Nós reafirmamos a interrelação entre paz, segurança, desenvolvimento e justiça social. Esta é uma questão que nós, sem sombra de dúvidas somos responsáveis por tê-la colocado no cenário internacional, a questão dos benefícios sociais para as populações”, afirmou.
O Brasil, disse a presidente, está preocupado com as “situações de conflito no mundo inteiro”.
“Eu cito aqui a Palestina ou a Síria, o conflito Israel-Palestina e a nossa preocupação em sempre defender os mecanismos de diálogo para a garantia não só dos direitos humanos naqueles países como também do respeito à sua independência”, discursou.
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