Mato Grosso, 15 de Abril de 2025
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Jovens vítimas de incêndio em Santa Maria começam a receber alta

30.01.2013
15:13
FONTE: G1

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Em meio a tanto sofrimento com a tragédia na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, a boa notícia é que alguns pacientes internados já estão apresentando melhora e dois deles receberam alta nesta quarta-feira (30).

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, está em Porto Alegre e visitou os pacientes internados na cidade. No Hospital das Clínicas, onde está a maioria dos feridos, a manhã foi de boas notícias. “Hoje temos 18 pacientes vindos de Santa Maria, internados no CTI. Desses pacientes, dois estão bem e recebendo alta por andar. A primeira boa notícia depois que começou essa tragédia toda são as duas altas que a gente está dando nesse momento”, comemora Silvia Vieira, chefe do Centro de Terapia Intensiva (CTI).

Guilherme da Luz, que ajudou a quebrar a parede da boate, é um dos pacientes que saíram da UTI. “Ele já saiu e está muito bem, aliviado, muito feliz. Estamos vibrando”, relata a mãe do garoto, Neurides Luz.

Mãe de outra vítima, Sandra Gottlidona também está mais aliviada com a melhora da filha, Ana Paula: “Eu estou indo vê-la agora. Ela está tirando o sedativo aos poucos. A inflamação já está baixando. O quadro é de risco, mas está tendo uma melhorinha”.

A estudante Sabrina Stringari também torce pela melhora da irmã, Gabriele, que estudava na Universidade Federal de Santa Maria, trabalhava na boate há poucos meses e está no CTI: “Até ontem à noite, ela permanecia em estado grave, porém estável. É o que nos deixa em pé, firmes. Estamos esperançosos, ela é forte e eu tenho certeza que quem está aqui teve a oportunidade de sair com vida de dentro da boate, então eu acho que isso é um sinal. Eles estão tendo a oportunidade de lutar pela vida deles. Eu tenho esperança de que tudo vai ter um final feliz".

Mesmo com notícias boas como essas, o número de mortos cresceu e já chega a 235. Gustavo Marques Gonçalves, de 21 anos, saiu vivo da boate, mas com 70% do corpo queimado. Ele não resistiu e morreu na noite de terça-feira (29), em Porto Alegre.

Na despedida, no velório em Santa Maria, a dor da mãe que já tinha enterrado um filho logo após o acidente e agora sofre pelo outro: “Eu perdi dois filhos. A minha casa vai ficar praticamente vazia. Meu marido já foi há dois anos e agora meus dois filhos. Eu só quero justiça".

Em casos de tragédias como esta, é comum que as pessoas enfrentem transtornos emocionais. Por isso, mais de 200 profissionais estão trabalhando para dar apoio psicológico às famílias das vítimas e aos sobreviventes. “O stress causado pelo trauma, muitas vezes, demora 48, 72 horas para aparecer. As pessoas entram em depressão, pelo luto que é normal”, afirma Neio Lúcio Fraga, diretor técnico do Grupo Hospitalar Conceição.

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