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Boa parte dos embarques foi destinado aos países asiáticos – China, Hong Kong e Japão – que vêm se tornando os principais mercados para as carnes catarinenses. No último mês, foram 124,7 mil toneladas de carnes exportadas por Santa Catarina, gerando um faturamento que passa dos US$ 220 milhões.
Segundo o secretário da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, o bom desempenho do agronegócio demonstra que os mercados têm uma preferência pelos produtos catarinenses. “A excelência sanitária dos nossos rebanhos, a organização das cadeias produtivas e a logística confiável e eficiente se tornaram a marca registrada do agronegócio catarinense. Por isso, Santa Catarina responde por boa parte das exportações brasileiras de carnes”, ressalta.
A carne de frango continua sendo o principal produto da pauta de exportações catarinenses. Em novembro, foram 92,6 mil toneladas embarcadas, 30,1% a mais do que no mesmo período de 2017. As receitas geradas superam os US$ 161,8 milhões, alta de 14% em relação a novembro do último ano. Os principais mercados para carne de frango catarinense foram Japão, Arábia Saudita e China – todos aumentaram as compras em novembro.
O grande destaque do mês foi o aumento nas exportações de carne suína. Em novembro, Santa Catarina embarcou 32,1 mil toneladas do produto – 61% a mais do que no mesmo mês de 2017. O faturamento com as exportações chegou a US$ 58,2 milhões, 33,6% de crescimento. Santa Catarina respondeu por 56% de toda carne suína exportada pelo Brasil – ou seja, mais da metade das exportações brasileira de carne suína são originárias de Santa Catarina.
Os principais mercados para carne suína catarinense são China, Chile e Hong Kong. A verdade é que quase todos os principais importadores de carne suína catarinense ampliaram suas compras em novembro. A China e o Chile, por exemplo, compraram, respectivamente, 295,5% e 159,2% a mais em relação a novembro de 2017.
Sanidade como diferencial
Único estado livre de febre aftosa sem vacinação, Santa Catarina tem acesso aos mercados mais competitivos do mundo. “Nós temos perdemos competitividade por causa da nossa dependência do milho vindo de outros estados, o que aumenta os custos das agroindústrias instaladas em Santa Catarina, porém nós temos um grande diferencial que é a qualidade e as garantias sanitárias. Com isso, temos preferência dos mercados Premium, como é o caso do Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos”, destaca Spies.
Acumulado do ano
Ao que tudo indica, o ano de 2018 irá encerrar com um saldo favorável para as exportações catarinenses de carnes. De janeiro a novembro, já foram embarcadas 966,9 mil toneladas de carne de frango e 297 mil toneladas de carne suína – um crescimento de 7,8% e de 17,1% em relação ao mesmo período de 2017.
O faturamento com as exportações de carne de frango já passa de US$ 1,6 bilhão, uma queda de 2,9% em comparação ao último ano. O resultado negativo pode ser explicado pela retração nas compras do Japão, principal destino do frango de Santa Catarina, e de outros países europeus e asiáticos. Por outro lado, China, Hong Kong, Arábia Saudita e Emirados Árabes aumentaram a quantidade importada.
Maior produtor nacional de carne suína, Santa Catarina responde por 51,2% do total exportado pelo país em 2018. De janeiro a novembro, foram 297 mil toneladas exportadas, com uma receita de US$ 554,2 milhões – sendo que a China responde por 36,2% desse valor.
A China vem se consolidando como o principal destino da carne suína catarinense. Ao longo do ano foram 104,8 mil toneladas enviadas ao país asiático – um aumento de 188,5% em relação ao mesmo período de 2017. Além disso, quase todos os principais importadores de carne suína catarinense ampliaram suas compras este ano em relação ao ano passado.
De acordo com o engenheiro agrônomo do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), Alexandre Giehl, as perspectivas são bastante positivas para o próximo ano, tanto em função do fim do embargo russo, quanto pela possibilidade de aumento ainda mais significativo das importações chinesas.
Os números foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).
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