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Primeiro dia de desfiles da Série A é marcado por falhas e atrasos

09.02.2013
09:11
FONTE: O Globo

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  • Sem fantasia, musas da Vila de Santa Tereza desfilam de lingerie
A primeira noite de desfiles da Série A na Marquês de Sapucaí foi marcada por uma sequência de falhas e atrasos que geraram problemas de evolução e harmonia. Pelo menos três escolas foram prejudicadas pelo trânsito no entorno do Sambódromo e, com isso, as agremiações tiveram que improvisar. Na Vila de Santa Tereza, os componentes desfilaram sem camisa ou mesmo de roupa íntima, porque as fantasias não chegaram a tempo. Componentes da Unidos do Jacarezinho também sofreram com o engarrafamento. Muitos chegaram em cima da hora de desfilar. A escola também se apresentou com falhas no som. O mesmo aconteceu com a Unidos do Viradouro, que encerrou a noite. Já a Estácio de Sá teve que correr no fim da apresentação, porque um tripé ficou parado na pista e, por isso, estourou o tempo permitido.

A Unidos do Viradouro mostrou um carnaval luxuoso com o enredo "Nem melhor nem pior, que não sai da minha mente... Inspiração para o meu samba, eu também sou diferente", em homenagem aos 60 anos do Salgueiro. Logo no início da apresentação, a escola enfrentou problemas no som e, com isso, os integrantes da agremiação de Niterói tiveram que levar o samba na garganta por quase três minutos, o que emocionou o público. O presidente da Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Lierj), Déo Pessoa, garantiu que, apesar da falha, a escola não será prejudicada.

— Os julgadores estão orientados a avaliar a escola com carinho, caso haja problemas como esse. Tenho certeza que a falha técnica não vai prejudicar a escola, muito pelo contrário, fez com que ela levantasse o público — disse Pessoa, em entrevista à TV Globo.

Os grandes desfiles da vermelho e branco da Tijuca foram recontados na avenida. A ideia do carnavalesco Max Lopes era mostrar que tanto o Salgueiro quanto a Viradouro são diferentes e introduziram inovações no carnaval carioca. O samba-enredo, sem refrão e com melodia acelerada, empolgou o público na arquibancada. O carro abre-alas homenageou grandes carnavalescos que passaram pelo Salgueiro, como Joãosinho Trinta, Rosa Magalhães e Arlindo Rodrigues.

Além de desfiles históricos do Salgueiro, como o que homenageou Xica da Silva em 1963, a Viradouro relembrou seu próprio desfile de 1992, sobre ciganos, quando a escola estava no Grupo Especial.

A Viradouro é uma das mais tradicionais escolas cariocas. Ela esteve no Grupo Especial durante 20 anos e caiu em 2010, quando ficou em último lugar. Em 2011 teve um segundo lugar, ficando bem perto de voltar à elite. No carnaval passado, ficou em quinto lugar.

Com bom humor, Rocinha agrada e entra na briga
Penúltima a passar pela Sapucaí, a Rocinha mostrou um carnaval divertido para falar de comida, com o enredo "Mistura de sabores e raças: uma feijoada à brasileira". Versos do samba-enredo — que fazia referência a x-bacon, sundae, fast-food e podrão — foram representados pelo carnavalesco Luiz Carlos Bruno com alegorias cheias de humor. Já na comissão de frente, a escola fez uma brincadeira com o famoso "churrasquinho de gato". Passistas vestidas de gatas eram atraídas para uma enorme churrasqueira cênica, com coreografia de Sérgio Lobato.

— Esse vai ser o desfile da Rocinha, divertidíssimo. Brincando e muito leve, mas também com seriedade para buscar o título — prometia o carnavalesco Luiz Carlos Bruno, pouco antes de o desfile começar.

O enredo foi do sashimi ao chucrute, do quibe à pizza, passando pelo fast-food e um festival de guloseimas. O abre-alas da Rocinha trouxe uma nau transportando um porco assado. Bananeiras cobertas de frutos e legumes em canoas rumo à praia saíram do barco. O segundo carro alegórico teve uma macarronada com integrantes fantasiados de almôndegas para representar a culinária italiana.

Alegria da Zona Sul leva clima dos blocos para a Sapucaí
A Alegria da Zona Sul também apostou no bom humor. A escola recriou na Marquês de Sapucaí o clima irreverente do carnaval de rua do Rio. A agremiação da comunidade Cantagalo-Pavão-Pavãozinho foi a sétima a desfilar pela Série A com o enredo "Quem não chora não mama...", uma homenagem ao Cordão da Bola Preta. O bloco, que é o maior do Rio e um dos maiores do mundo, completa 95 anos neste carnaval. O samba empolgou com trechos da famosa marchinha que dá nome ao enredo e de outras como "Alah-lá-ô, mas que calor" e "Se a canoa não virar, eu chego lá".

Atingida por um incêndio em novembro do ano passado, a Alegria da Zona Sul teve que recomeçar do zero, porque tudo o que havia sido preparado tinha se perdido. A escola também enfrentou complicações logo na hora de entrar na Sapucaí. Houve um problema de manobra de um carro alegórico, o que provocou correria entre os componentes. Integrantes fizeram um mutirão para ajudar no transporte e o desfile pôde começar.

Um dos destaques da Alegria da Zona Sul foi a bateria, que veio fantasiada de nega maluca para representar os homens que se vestem de mulher no bloco. A rainha, Desirée Oliveira, desfilou mesmo estando com cinco meses de gestação. Outro destaque da escola foi o casal de porta-bandeira e mestre-sala, Andrea Neves e Fabio Júnior, que desfilou com belas fantasias de inspiração francesa, nos tons dos movimentos Art déco e Art Nouveau.

Em uma das alas, os integrantes vestiam fantasias que sempre aparecem nos desfiles do Bola Preta, como as de marinheiro, pirata e policial. Em outra ala, os integrantes usavam uma roupa que na frente era de sheik árabe e, nas costas, de odalisca.

Estácio deve perder ponto por ultrapassar tempo de desfile
Com 56 minutos de desfile, a Estácio de Sá foi a primeira escola da Série A que não conseguiu cumprir o tempo regulamentar de 55 minutos. Com isso, a agremiação deve perder 0,1 ponto na apuração, já que levou um minuto a mais para desfilar. Além disso, a Estácio pode ser punida também no quesito evolução, já que os componentes tiveram de correr para tentar fechar o desfile dentro do tempo permitido. A correria e o décimo a menos podem prejudicar o sonho de voltar à elite do carnaval carioca no ano que vem.

Segundo Marcão, um dos diretores de carnaval da Estácio, um problema no tripé da comissão de frente, no meio do desfile, provocou o atraso. Ele explicou que foram pelo menos três minutos tentando solucionar o problema, o que acabou provocando a correria no fim do desfile.

— É uma escola grande, com número grande componentes, qualquer minuto na avenida pode resultar em correria. Mas estamos na briga — disse Marcão.

Sexta escola a passar pela passarela, a Estácio entrou na avenida sob aplausos e gritos de "É campeã". Uma das mais tradicionais agremiações do Rio, a escola do Morro de São Carlos era uma das favoritas ao título e, para voltar ao Grupo Especial, apostou no enredo "Rildo Hora: a ópera de um menino... No toque do realejo rege seu destino", uma homenagem ao maestro Rildo Hora. O músico, que veio no último carro, disse que, apesar do corre-corre do final do desfile, estava muito feliz com a homenagem:

— É uma felicidade total. Vi minha vida muito bem contada na avenida. Acompanhei o enredo desde o início e foi tudo muito bonito, desde a sinopse do enredo feita em literatura de cordel.

Outro destaque do desfile foi o carro abre-alas, que trouxe um leão dourado coroado com cinco metros de altura: foi a alegoria mais alta a passar na Sapucaí. Pouco antes de cruzar o portão, no entanto, a coroa do leão acabou caindo ao passar pela torre de televisão. Como o desfile ainda estava em andamento, a Estácio pode perder pontos em alegoria.

Além de estourar o tempo, a Estácio enfrentou problemas semelhantes aos das outras que haviam passado antes. Parte da estrutura que seria usada na comissão de frente chegou a apenas 20 minutos do início do desfile. Os componentes tiveram que correr para deixar tudo pronto antes do início da apresentação. A comissão de frente da Estácio de Sá recebeu o nome de "O Cordel Mamulengo do Menino Sonhador". O atraso, no entanto, não prejudicou a performance da ala, coreografada pelo ator e bailarino Tony Tara, que foi ovacionada pelo público.

Parque Curicica surpreende com homenagem à Portela
A quinta escola a entrar na avenida foi a União do Parque Curicica, que celebrou os 90 anos de fundação da Portela, uma das escolas mais antigas do Rio. A agremiação reeditou um dos sambas mais marcantes da homenageada, "Quando o samba era samba", de 1994. A escola da Zona Oeste inovou ao trazer para a avenida um rei de bateria no lugar de uma rainha.

— Estou me sentindo lisonjeado, no meio de tantas mulheres — disse Gerônimo da Portela ao G1, pouco antes do início do desfile.

Um dos momentos de maior emoção veio com a passagem do último carro. A alegoria trouxe uma réplica da águia da Portela, que também emitia um som que imitava o grito característico do animal. O carro trazia ainda integrantes da velha guarda da Portela, como Tia Surica, uma das figuras mais conhecidas da azul e branco de Madureira.

O enredo contou desde a chegada dos primeiros negros escravos até a criação dos ranchos, blocos e escolas de samba. Para homenagear a Portela, a Curicica deixou um pouco de lado o vermelho e investiu no azul e branco de sua bandeira. O desfile surpreendeu o público e teve poucos problemas.

Vila de Santa Tereza desfile com integrantes sem fantasia
Quase todas as escolas que passaram pela passarela do samba enfrentaram problemas, mas a situação da Vila de Santa Tereza foi a mais delicada. A fantasia dos ritmistas, das baianas e de passistas da quarta escola que passou pela Marquês de Sapucaí não chegou a tempo, e, por isso, os integrantes desfilaram de roupa comum ou mesmo com peças íntimas. Os músicos estavam de short e sem camisa, enquanto as musas desfilavam de lingerie. Alguns ritmistas tinham recebido parte da fantasia, como chapéus, mas resolveram tirar os acessórios em solidariedade aos colegas que estavam sem nada.

— Estou muito triste. Desfilo há mais de 20 anos e nunca tinha acontecido isso. Nós vamos arrasar. Sem fantasia não tem problema. Vamos dar show na avenida — disse Marcos César, um dos ritmistas da Vila de Santa Tereza.

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira só conseguiu vestir a fantasia com o desfile já iniciado. Marcinho e Shayene entraram quando a escola passava pelo setor 3, em frente aos jurados. Para evitar mais transtornos, eles haviam sido substituídos pelo segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira, Carlos Eduardo e Rosilaine. Segundo o diretor de harmonia da Vila de Santa Tereza, Joelson Estévão, o ateliê da escola se atrasou na entrega das fantasias. Além disso, o trânsito no entorno do Sambódromo prejudicou ainda mais a agremiação.

— As roupas estão lá na Presidente Vargas. Mas já era tarde. Entramos para cumprir o regulamento — disse Joelson, em entrevista à TV Globo durante o desfile.

Apesar dos problemas, a escola quebrou um tabu: trouxe uma transexual como rainha de bateria. A ex-BBB Ariadna veio à frente dos ritmistas de Santa Tereza, e comemorou o feito.

— Estou muito emocionada. Tenho uma grande responsabilidade de representar a nossa luta contra o preconceito. Ser rainha dá mais força a essa luta — disse a musa.

A escola da Zona Norte é uma das menos conhecidas a passar pela avenida, e apresentou o enredo "Axé, no caminho das águas sagradas", partindo de uma lenda africana que virou festa popular no Brasil: a lavagem do Bonfim, na Bahia. Apesar das dificuldades, os integrantes da escola não perderam o ânimo e desfilaram empolgados pela Sapucaí, já que a escola teve a primeira oportunidade de disputar uma vaga no Grupo Especial.

Santa Cruz traz de volta ao Rio Paulinho Mocidade
Terceira escola a passar pela Marquês de Sapucaí, a Acadêmicos de Santa Cruz enfrentou problemas com seu segundo carro alegórico, que demorou para entrar na avenida e deixou um buraco na primeira parte do desfile. A apresentação começou às 23h12m de sexta-feira. A agremiação mostrou ao público o enredo "O dragão do mar e a lenda do Ceará", sobre história, segredos e encantos do estado. O desfile marcou a volta do intérprete Paulinho Mocidade, de 59 anos, ao carnaval carioca depois de três anos atuando em uma escola de Porto Alegre (RS). O cantor começou a carreira na Mocidade Independente de Padre Miguel. De volta ao Rio, ele acredita na volta à elite da Acadêmicos de Santa Cruz.

— Estou reiniciando minha carreira hoje. Vou mostrar quem é Paulinho Mocidade. Temos um grande enredo, um grande samba e tenho certeza que faremos um grande desfile —disse o puxador.

O desfile da escola da Zona Oeste destacou a figura do jangadeiro Francisco José do Nascimento, o Chico da Matilde, responsável pelo movimento que aboliu a escravidão no estado em 1884, quatro anos antes da Lei Áurea. A escola também lembrou dos primeiros habitantes, das paisagens e dos mitos do Ceará, entre eles Iracema, do romance de José de Alencar.

Carro da Porto da Pedra para na avenida por cinco minutos
O desfile da Unidos do Porto da Pedra, segunda escola a desfilar na Marquês de Sapucaí na noite desta sexta-feira, também foi marcado por problemas. O terceiro carro da escola de São Gonçalo quebrou e ficou parado em frente ao setor 3 por cerca de cinco minutos. Com isso, as alas que estavam logo atrás tiveram que passar a frente da alegoria, que vinha toda na cor preta, representando os "pés-descalços". A escola deve perder pontos nos quesitos harmonia e evolução, já que buracos foram abertos na avenida. Além disso, não havia alas entre o terceiro e o quarto carros. Depois que o carro voltou a andar, as alas tiveram que parar para que a alegoria voltasse ao seu lugar de origem.

Por causa do problema, muitos componentes e torcedores da escola de São Gonçalo se emocionaram e choraram, porque as chances de voltar ao Grupo Especial agora são menores. Mesmo assim, a escola chegou animada à dispersão. Emocionado, Leandro Valente, carnavalesco que fez sua estreia na Sapucaí, chorava ao fim da apresentação, mas se mostrou satisfeito:

— O mais incrível é essa comunidade. Essa gente que quase não desfilou. Há menos de um mês a gente não tinha carnaval. Se apresentou com energia, brincou. Isso é superação. Essa é a essência do carnaval. Não tem crise que atrapalhe uma comunidade que ama seu pavilhão.

Mesmo antes do fim do desfile da Unidos do Jacarezinho a torcida da Unidos do Porto da Pedra já animava a arquibancada do setor 1, com bandeira nas cores vermelha e branco. Um "bandeirão" com o desenho de um tigre, símbolo da escola, completava a festa dos gonçalenses.

Apesar de dificuldades financeiras, a escola espera conseguir retornar ao Grupo Especial no ano que vem. Rebaixada no ano passado, a agremiação apostou em carros grandiosos e causou impacto já na comissão de frente. Um palco de teatro foi armado na avenida onde integrantes, que vinham pintados de preto e com apenas calçados coloridos e meias brancas à mostra, faziam um espetáculo de mímicas com as pernas. 
Eles disputavam a preferência da Cinderela, interpretada pela atriz e bailarina Ariadne Lax, que tinha de escolher o "sapato" que fizesse a melhor performance. A escola veio com um enredo "Me diga o que calças que te direi quem és", sobre sapatos e personagens que fizeram fama pelo que calçavam.

A Porto da Pedra apostou no talento do novato Leandro Valente, ex-assessor de imprensa do Tigre de São Gonçalo. Ele substituiu há pouco mais de um mês o ex-carnavalesco da escola Fábio Ricardo. Leandro afirma que a agremiação partiu do zero há apenas 28 dias para confeccionar seu carnaval.

— Foram 28 dias para produzir fantasias para 2 mil componentes e quatro alegorias. Tudo com trabalho voluntário da comunidade — disse Leandro.

Havia uma certa correria na concentração na ala das baianas, cujas fantasias chegaram atrasadas, vindas de São Gonçalo, devido ao trânsito. Um dos destaques era uma baiana em cima de um tripé no meio da ala.

A bateria, nota 10 ano passado no Grupo Especial, comandada pelo mestre Thiago Diogo, protagonizou momentos de emoção na concentração. Ele subiu num surdo para agradecer aos ritmistas.

— Vocês são os melhores, todo mundo aqui atrás (o restante da escola) tem certeza que a escola tem uma nota 10. Essa é de vocês. Sabemos que foi difícil estar aqui hoje, mas independente da dificuldade, vamos em busca das notas máximas — afirmou Thiago Diogo, que chorou enquanto falava aos componentes.

Gracyanne brilha como madrinha de bateria do Jacarezinho
Com dez minutos de atraso e arquibancadas ainda vazias, a Unidos do Jacarezinho deu início, pela série A, à maratona de desfiles na Marquês de Sapucaí. Com um enredo que fez uma homenagem ao intérprete Jamelão, da Mangueira, a escola entrou na avenida por volta de 21h10m desta sexta-feira, mas muitos componentes, atrasados, corriam para chegar a tempo às alas.

O Jacarezinho veio simples e enfrentou alguns problemas logo no início. Os primeiros carros entraram sem iluminação. Com 15 minutos de desfile, o som falhou e os integrantes tiveram que cantar o samba “no gogó”. No entanto, apesar das dificuldades, a Unidos do Jacarezinho levantou o público. Quem acompanhou o espetáculo recebeu bem a agremiação da Zona Norte, cantando, principalmente o refrão, e aplaudindo.

A escola também teve problemas com o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Pedro Gabriel e Raessa Alves. O primeiro casal não quis desfilar, porque estava sem fantasia, e o segundo, formado por Tamara Santos e Roberto Vinícius, teve que entrar na avenida de última hora.

— Fiquei sabendo cinco minutos antes que a roupa do primeiro casal não ia chegar a tempo. Tínhamos que estar prontos e demos conta do recado — disse Tamara, orgulhosa.

No entanto, quem chamou a atenção foi a madrinha de bateria Gracyanne Barbosa, mulher do cantor Belo. A musa, que costuma desfilar à frente da bateria da verde e rosa, atraiu olhares do público masculino com um figurino ousado que valorizava a boa forma da modelo. Gracyanne guiou a bateria Nervos de Aço, regida pelo mestre Ricardinho.

Os desfiles da Série A começaram com a passagem dos guardiões da bandeira olímpica. A apresentação durou dez minutos. Foi usada uma réplica do símbolo original, que está exposto no Palácio da Cidade. Curiosamente, o desfile se deu da Praça da Apoteose em direção à concentração. De acordo o secretário municipal de Turismo, Antônio Pedro Figueira de Mello, a medida visou a permitir que a bandeira estivesse no setor 1 no momento em que fossem executados o hino nacional e a melodia Cidade Maravilhosa. Logo depois, o locutor do Sambódromo anunciou a entrada da Unidos do Jacarezinho.

A Unidos do Jacarezinho voltou à Marquês Sapucaí depois de alguns anos nos grupos que desfilam longe do Sambódromo. A agremiação é afilhada da Mangueira e tem as cores verde e rosa na bandeira. O enredo “Puxador não...intérprete! Por Mestre Jamelão” é de autoria de Ivo Meirelles, presidente da Estação Primeira.

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