A presidente Dilma Rousseff reuniu nesta segunda-feira (4) pela manhã o vice-presidente Michel Temer e os ministros que compõem a “coordenação política” do governo que avalia o cenário político e define estratégias que serão adotadas nas próximas semanas. Ao todo, participaram da reunião dez ministros.
Os encontros de Dilma com a coordenação têm ocorrido semanalmente, às segundas-feiras pela manhã, no Palácio do Planalto. A equipe de conselheiros, inicialmente formada por ministros do PT, ficou conhecida como “G6”. Posteriormente, foram incluídos Michel Temer e ministros do PMDB, PSD e PC do B.
Nesta segunda, além de Dilma e Temer, participaram da reunião: Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia), Aloizio Mercadante (Casa Civil), Edinho Silva (Comunicação Social), Eliseu Padilha (Aviação Civil), Gilberto Kassab (Cidades), Jaques Wagner (Defesa), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral) e Ricardo Berzoini (Comunicações).
Embora não sejam oficialmente da coordenação política, os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) também participaram do encontro desta segunda no Planalto.
A expectativa do governo, segundo Barbosa, é que as medidas de ajuste fiscal, propostas pelo governo ao Congresso Nacional para reduzir gastos e reequilibrar as contas públicas, sejam votadas nesta semana. Entre essas propostas, estão as medidas provisórias 664 e 665, que alteram o acesso da população a benefícios trabalhistas.
A 665, que altera o acesso ao seguro-desemprego, seguro-defeso e abono salarial, foi aprovada na semana passada pela comissão mista que a analisava. Agora, cabe à Câmara votar o projeto e, depois, o texto seguirá para o Senado. A comissão que analisa a 664 ainda precisa votar o relatório.
Em razão da expectativa do governo de que essas votações ocorram ainda nesta semana, o vice-presidente Michel Temer, responsável pela interlocução do Planalto com o Legislativo, se reunirá na tarde desta segunda com os líderes do governo no Congresso Nacional, senador José Pimentel (PT-CE); na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE); e no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS).