Mato Grosso, 03 de Maio de 2024
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Principal suspeito da morte de Ana Carolina é preso em Lucas do Rio Verde

31.12.2014
16:03
FONTE: ExpressoMT

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O principal suspeito do assassinato da menina Ana Carolina Gomes Feitosa, 8, foi preso ontem pela Polícia Militar. A menina estava desaparecida desde o dia 18 de novembro e o corpo foi localizado no sábado no Rio Verde. Rogério da Silva, 30, também conhecido por Piauí, foi visto com a criança por uma testemunha na noite em que ela foi dada como desaparecida. Ele chegou a ser detido pela Polícia, mas liberado por ausência de indícios que o ligassem ao então desaparecimento da menor. Ontem, quando a Justiça decretou sua prisão, Rogério foi detido pela Polícia Militar na Praça dos Migrantes, centro de Lucas do Rio Verde. 

Desde o encontro do corpo da menina, informações passaram a ser repassadas para a Polícia Civil. Uma testemunha informou, em depoimento, ter visto Piauí com a menina. Ele chegou a ser indagado por estar com Ana Carolina por volta de 23 horas, mas alegou que era amigo da família e que estaria levando ela pra casa. “Essa testemunha não só viu como falou com ele”, informou o delegado Bruno Abreu, responsável pelo inquérito. “E saíram rumo a um lugar desconhecido e nunca mais foi vista. Coincidentemente esse rapaz ficou cinco dias sem ir à casa. Uma pessoa que frequenta a casa, todos os dias, o dia inteiro usando droga, some junto com a criança, fica cinco dias, quando volta, volta cabisbaixo, sem graça, óculos escuro, gerando suspeitas na família”, acrescentou o delegado, citando que quando foi detido, dias após o sumiço de Ana Carolina, o suspeito apresentava arranhões pelo corpo.

No depoimento que prestou naquela ocasião, Rogério afirmou à polícia que não estivera com Ana Carolina no dia do seu sumiço, versão que perdeu credibilidade com o testemunho apresentado esta semana. Outra informação que será anexada ao inquérito dá conta que Rogério foi por duas vezes ao Rio Verde, na localidade onde o corpo da menor foi localizado. “Essa testemunha vai vir depor, vai corroborar com o conjunto de pistas que temos”, revelou Abreu, pedindo que outras pessoas que tenham presenciado ou tomado conhecimento de informações que ajudem a elucidar o caso informem à polícia. “Peço de novo à população”.

“Essas testemunhas são as peças principais pra fechar um caso como esse. Vai ser muito difícil depender da perícia médica. Perícia, testemunhas, confissão, acareação, todas essas são espécies de provas pra me basear ou então ao promotor ou o juiz, vão se basear nesses elementos”, reforçou.

Estupro
Os arranhões no corpo de Rogério levam a polícia a suspeitar que a menina tenha sido violentada antes de ser morta. “Provavelmente abuso sexual, porque não tem motivo ele matar uma criança, sendo apenas usuário, não tendo problemas com a família. Pelo contrário: ele vivia dentro da casa usando drogas, não tinha motivo”, comentou o delegado.

Bruno Abreu comentou que somente a perícia pode afirmar se a menina foi abusada sexualmente antes de ser jogada no rio. “Vai ficar um pouco difícil, no meu entender, não que seja impossível. Foram nove dias, o corpo estava num estado de putrefação um pouco avançado. Tomara Deus que a perícia consiga realizar um trabalho e nos traga elementos pra ajudar na investigação”.

Com os elementos colhidos através de testemunhas e as marcas de arranhão no corpo de Rogério, a principal linha de investigação passa a ser de violência sexual, embora não seja descartada a hipótese de violência doméstica. Durante a apuração, a polícia foi informada que Ana Carolina foi agredida pela avó. “A gente ainda vai ouvir outras pessoas que estavam na casa e confirmar se houve a agressão”, destacou o delegado, confirmando que por ora os principais indícios pesam contra o detido.

Nega
O suspeito conversou com a imprensa e negou que tenha assassinado a criança. Rogério disse que não teria coragem de tamanha barbaridade e colocou-se a disposição para realizar exames para esclarecer o fato. “Eu não mereço estar passando por tudo isso. tem que pegar o assassino e não eu”, defendeu-se.

Rogério afirmou que viu Ana Carolina em duas ou três visitas que fez à avó da menina, mas que não tinha intimidade com ela.

Ele também negou a versão das testemunhas que alegaram ter visto com a menina ou no rio, no local onde o corpo de Ana Carolina foi encontrado por pescadores. “Nunca fui naquela região”, alega.

Sobre a noite do desaparecimento da menor, Rogério afirma que estava usando entorpecente na casa de um conhecido, identificado por Tales. “Cheiremos a noite todinha e de manhã passei o dia todo dormindo”.

Sobre o período seguinte ao desaparecimento de Ana Carolina, Rogério afirma que ficou dormindo no cemitério municipal. “Fiquei ali, dormi ali, mas nunca sumi”.

O suspeito alega ser usuário de drogas há cerca de 30 dias, mas que ainda não é viciado. “Uso por usar”. 

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