Mato Grosso, 26 de Abril de 2024
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PM transfere 5 policiais de batalhão após morte de jovens em Cuiabá

21.01.2017
10:28
FONTE: G1

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  • João Vitor (à esquerda) e Hugo Vinícius (à direita)
Cinco policiais que fazem parte do 24º Batalhão da Polícia Militar, em Cuiabá, foram transferidos para o setor administrativo do Comando Regional de Cuiabá, após a morte dos jovens João Vitor Alves de Oliveira e Hugo Vinícius da Silva Salomé, de 20 e 19 anos. Eles estavam desaparecidos há mais de 10 dias e foram encontrados mortos nesta sexta-feira (20) em Santo Antônio de Leverger, a 35 km de Cuiabá. A transferência dos policiais foi divulgada pela PM neste sábado (21).

A família dos jovens denunciou que João e Hugo foram vistos pela última vez sendo colocados em um carro da Polícia Militar, no Bairro Novo Milênio, em Cuiabá, no dia 9 deste mês. Segundo o comandante do Comando Regional, coronel Edgar Maurício, três policiais militares foram ouvidos na quinta-feira (19) pela Polícia Civil a respeito do desaparecimento e da morte dos jovens.

Em nota, o coronel afirmou que a decisão foi tomada para evitar qualquer situação que pudesse atrapalhar o andamento do procedimento administrativo militar, que apura a denúncia de envolvimento de policiais militares no caso. Os cinco policiais faziam parte da equipe de Inteligência do batalhão.

A Corregedoria da Polícia Militar abriu um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para investigar policiais militares suspeitos de envolvimento no desaparecimento dos jovens.

Papiloscopistas da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) concluíram, na tarde desta sexta-feira os trabalhos de identificação dos dois corpos.

A confirmação se deu através de confronto das impressões digitais com os prontuários de identificação civil das vítimas. Mesmo com o avançado estado de decomposição dos corpos, as digitais foram recuperadas. Um exame necroscópico ainda vai apontar a causa da morte das vítimas.

O caso
João Vitor Alves de Oliveira e Hugo Vinicius da Silva Salomé desapareceram no Bairro Novo Milênio, em Cuiabá. Uma testemunha afirmou ter visto os dois policiais colocando os rapazes algemados dentro da viatura.

Segundo a testemunha, depois do desaparecimento, a polícia explicou a Júlio Alves, irmão de João Vitor, que antes da abordagem os dois abriram a porta do carro em que estavam e fugiram abandonando o veículo.

O irmão de João Vitor disse que Hugo tinha uma "disputa" com a polícia. João Vitor já tinha sido preso suspeito de assalto, mas, segundo o irmão, foi considerado inocente pela Justiça. Hugo Vinícius tinha saído da prisão há menos de um mês depois de cumprir pena por tráfico de drogas.

Conforme a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que apura o caso, moradores da região encontraram os corpos e chamaram a polícia. Os corpos foram enterrados em uma cova rasa, dentro de sacos plásticos e enrolados com fitas adesivas, em Santo Antônio de Leverger.

Agora, com a família reconhecendo os corpos, a DHPP passou a investigar o desaparecimento dos amigos como crime de homicídio por meio de inquérito policial. Inicialmente as investigações ocorrem em sigilo.

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