O juiz Jean Louis Maia Dias, do Fórum de Porto dos Gaúchos, a 644 km de Cuiabá, negou o pedido de revogação da prisão do vereador Edivaldo Rezende da Silva, de 42 anos. O parlamentar foi preso em flagrante no dia 15 por suspeita de corrupção ao tentar comprar voto para se eleger presidente da Câmara Municipal de Novo Horizonte do Norte, distante 663 km da capital.
A defesa do vereador informou que já recorreu da decisão no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), com ação de pedido de liminar, em habeas corpus. Dessa forma, Edivaldo Rezende permanece preso na cadeia municipal de Porto de Gaúchos, já que possui apenas ensino médio. Ele integra o Legislativo de Novo Horizonte do Norte, mas foi transferido para Porto dos Gaúchos porque o município não possui delegacia e nem unidade prisional.
Segundo a Polícia Civil, Edivaldo tentou subornar outro vereador, no valor de R$ 7,6 mil, para que recebesse o voto e se elegesse como o novo presidente da Câmara. O flagrante ocorreu na propriedade rural do parlamentar. A abordagem teria sido feita na última sexta-feira (12), quando o vereador denunciou que estava sendo abordado por Edivaldo à polícia. Na segunda-feira, as equipes das polícias Civil e Militar realizaram a prisão, no momento em que Edivaldo Rezende entregava o dinheiro ao colega.
Foi apreendido com o parlamentar preso o valor de R$ 5,1 mil em dinheiro e R$ 2,4 divididos em três cheques. Ao G1, o presidente da Câmara de Vereadores de Novo Horizonte do Norte, Gildo Uliana, disse que apenas dois vereadores, sendo um deles Edivaldo, disputavam a eleição para presidente, que ocorreu na noite de segunda, data da prisão. Dessa forma, o vereador candidato Florentino Dias foi eleito com cinco votos. A câmara possui nove vereadores.
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