Cuiabá traz programação no ‘Dia Mundial da Filosofia’

Você já ouviu falar de filosofia prática? Já pensou sobre a influência que suas ações têm no mundo? Refletiu formas de vencer seus defeitos? Ou ainda, como se tornar uma pessoa melhor? Questões como essa sempre povoaram a mente de milhares de homens ao longo da história. Alguns, entregam-se à rotina e se esquecem das suas indagações humanas. Outros passaram a vida em busca de respostas. Um desses seres questionadores era Pitágoras, que viveu na Grécia Clássica, por volta de 570 e 496 ac. Aliás, a palavra ‘filosofia’ surgiu com ele, pois quando questionado se era um sábio, disse que não. Ele era apenas um ‘philo sophos’, ou seja, aquele que ama a sabedoria. Mas afinal, o que é sabedoria? Para tratar do assunto, a escola de filosofia à maneira clássica Nova Acrópole Cuiabá promoverá no sábado (9/11) as palestras ‘A filosofia na construção da sociedade’, às 17h; e ‘A filosofia escrevendo a história’, às 20h. O evento é gratuito, será no auditório da Livraria Janina do shopping Três Américas. 

No mundo, cerca de 60 países onde há filiais da Nova Acrópole também estarão comemorando a data, no Brasil, quase todos os estados contam a escola. A data foi instituída pela Unesco, em alusão à data aproximada da morte do filósofo Sócrates, que foi obrigado a beber cicuta (veneno). Quem participar também terá esclarecimentos históricos a partir de uma linha do tempo com as principais escolas filosóficas ou ‘de sabedoria’ que deram origem a conceitos, como: bem, virtude, beleza, verdade, amor, entre tantos outros que permeiam a sociedade até os dias atuais. 

Na visão clássica, a sabedoria nada mais é do que o conhecimento da verdade, das coisas válidas, do fundamental, do que realmente importa na vida. “O sábio é aquele que sabe responder a todas as inquietações humanas, que sempre tomará a decisão certa, e que nunca terá razões para arrependimentos, pois tudo que faz é justo e certo”, explica o professor de filosofia Roni Almeida. Nessa visão, a filosofia deixa de ser apenas um conhecimento a mais, para se tornar uma atitude diante da vida. “Quando somos crianças estamos abertos a conhecer, questionamos, queremos respostas, mas vamos crescendo e deixamos esse olhar curioso e atento de lado. Acreditamos que não temos forças para mudança. Que tudo é assim e sempre será assim”. 

Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? O que, de fato, estamos fazendo aqui? O professor explica que todas essas indagações são fundamentais para a busca da sabedoria e da felicidade, porém, atualmente têm sido deixadas de lado, já que a sociedade prioriza o ‘fazer’ e não de ‘ser’. A preocupação maior gira em torno da necessidade de casar, comprar um carro, uma casa, ter um bom emprego, uma profissão rentável financeiramente. “Precisamos de tantas coisas que esquecemos do fundamental”. Pode não parecer, mas a natureza filosófica é inerente a todo ser humano, todos em algum momento se questionam ou se questionarão ‘por que estou aqui?’, já que é justamente esse elemento, chamado pelos sábios e filósofos de ‘consciência’, é o que diferencia um homem de um animal que vive apenas seus instintos. 

Para ele, basta pensar um pouco para que se perceba que são os questionamentos fundamentais que impulsionam o crescimento humano, à busca civilizatória, o desenvolvimento científico, artístico, político e religioso. “É ao nos perguntarmos sobre nossa própria origem que, olhamos para o céu, e sem que ninguém nos diga nada, começamos a acreditar que existe algo, ou alguém que nos criou, que nos colocou aqui, e que sendo assim, deve haver algum propósito nesta vida. Alguma missão especial a cumprir”, exemplifica a filósofa e poeta, Lúcia Helena Galvão, diretora da Nova Acrópole Brasília. Ela garante que não são questões fáceis de responder, mas que precisam ser respondidas. “Uma vez conhecendo o sentido clássico de filosofia, é possível passar a uma segunda parte: a aplicação prática dela”.

É uma escola de filosofia que busca fazer o estudo comparado das principais civilizações, sempre com o intuito de aplicar esses conhecimentos à prática, ou seja, como manual na ‘construção de si mesmo’. Há uma turma de estudos com matrículas abertas às sextas-feiras, o curso básico tem duração de sete meses, uma vez por semana, com matérias como Ética, Sociopolítica e Filosofia da História, em que os principais grandes pensadores e filósofos da cultura ocidental e oriental são estudados. Além disso, a escola também proporciona atividades extras para vivências culturais e práticas, como leitura comentada de obras clássicas, oficinas de xadrez, de poesia, recitais de poesia e trabalho voluntário. Outras informações: (65) 3623-8051/8127-4020. Acompanhe nossas notícias e programações: www.facebook.com/NovaAcropoleCuiaba e também pelo blog http://www.novaacropolecuiaba.blogspot.com.br.