A cabeça de Mano Menezes está movimentada. O treinador se esforça para desenhar o quarteto ofensivo do Cruzeiro, sem Robinho, que tem uma lesão muscular na coxa direita, e sem Arrascaeta, na seleção do Uruguai. Normalmente, com a presença do meia pela direita, a Raposa jogo com Arrascaeta centralizado, Alisson ou Thiago Neves pela esquerda, e Rafael Sobis no ataque. No entanto, a ausência jogador contundido faz o treinador pensar em “novas velhas” opções, que, em outros momentos, já havia descartado. Mano treinou com Ábila e Sobis juntos, mas o que isso pode significar?
Normalmente é assim, Ábila e Sobis não jogam juntos. O argentino costuma substituir Sobis nas partidas, foi assim contra o Brasília, contra o Atlético-MG, contra o América-MG e nas duas partidas contra o Murici, de Alagoas.
Em dezesseis jogos (cerca de 1440 minutos), realizados pelo Cruzeiro nesta temporada, os dois só atuaram juntos em 110 minutos, o que é um pouco mais que uma partida completa. Ou seja a dupla jogou junta apenas 7% da Raposa na temporada, mas os números também não ajudam.
Contra o Villa Nova foram 27 minutos lado a lado. Neste recorde, o Cruzeiro marcou com Robinho, de falta sofrida por Arrascaeta, mas também sofreu um gol do Leão. Na partida contra a URT foram 47 minutos juntos, e Ábila balançou as redes, de pênalti. A falta foi assinalada depois de um passe de Sobis para Rafinha, que foi derrubado na área. Contra América TO e Tombense foram 36 minutos juntos (12 e 24, respectivamente), mas nenhum gol saiu.
Fato é que os dois jogadores são as grandes estrelas do elenco disponível para Mano Menezes. Juntos eles marcaram 22 gols – 10 de Ábila e 12 de Sobis –, o que significa quase 60% do número total de gols da equipe celeste na temporada. Vale ressaltar que o atacante argentino atuou – em minutos jogados – praticamente um terço do que jogou Sobis. Mas estes números tratam um panorama do desempenho individual da dupla, que quando está junta não conseguiu ter um sucesso parecido.