Os salários das mulheres subiram mais que os dos homens em 2012. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a remuneração delas cresceu em média 2,4% naquele ano, enquanto a deles teve alta de 2%. Apesar disso, os homens seguem ganhando mais que as mulheres: em média, R$ 2,126,67, contra R$ 1.697,30 delas, uma diferença de 25,3%.
A pesquisa também mostra que, pela primeira vez, cresceu mais entre as mulheres que entre os homens o número de pessoas ocupadas assalariadas: foram 438,9 mil homens a mais que em 2011, e 619,8 mil mulheres na mesma comparação. Eles, entretanto, continuam representando a maioria entre os assalariados, ou 57,3% do total.
Nas empresas, a participação dos homens entre o total de assalariados tem diminuído, mas ainda ficou em 62,8% em 2012. Já na administração pública essa proporção se inverte: as mulheres são a maioria, representando 58,9% do total dos assalariados. Nas entidades sem fins lucrativos, elas são 54,6% dos assalariados.
Escolaridade
Ainda segundo o IBGE, apenas 17,7% dos assalariados em 2012 tinham nível superior. Essa fatia, no entanto, está crescendo: na comparação com 2011, o número de assalariados com essa graduação teve alta de 6%, enquanto o pessoal assalariado sem nível superior cresceu menos, 1,6%.
A diferença de renda, quando considerada a escolaridade, é grande: os assalariados com nível superior receberam, em média, R$ 4.405,55, enquanto a remuneração dos que não o tinham ficou em R$ 1.398,74 em média – uma diferença de 215%.
Nas empresas, os assalariados sem nível superior são uma fatia expressiva, de 89,5% do total (ainda que, em 2009, fosse ainda maior, de 90,7%). Na administração pública é onde há a maior proporção de assalariados com nível superior, 41,3% do total.
Salários
Em 2012, o total real de salários e outras remunerações pagas cresceu 7,1% frente ao ano anterior. Desde 2008, a alta acumulada foi de 35,3%. Já o salário médio mensal cresceu menos, 2,1% em 2012, para R$ 1.943,16 – um total acumulado de 10,1% desde 2009.
As maiores altas nas médias salariais foram registradas nas atividades de indústria extrativa (44,5%), saúde humana e serviços sociais (21,3%) e construção (20,5%). Os maiores salários, no entanto, foram pagos pelos setores de eletricidade e gás (R$ 5.968,28), seguido por atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (R$ 4.587,73) e indústrias extrativas (R$ 3.899,12). Já os menores salários foram pagos por alojamento e alimentação (R$ 947,87), atividades administrativas e serviços complementares (R$ 1.170,11) e comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (R$ 1.258,96).