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A Argentina apresentou na noite de sexta-feira (29), em um Tribunal de Apelações dos EUA, uma fórmula de pagamento alternativa para tentar resolver um impasse com credores de títulos não pagos, em uma disputa de 1,33 bilhão de dólares.
Em um documento apresentado à corte, em Nova York, a Argentina propôs pagar aos credores valores iguais aos da dívida no momento da cessação de pagamentos em 2002, ou pagar títulos com desconto.
A oferta foi feita nas mesmas condições oferecidas aos credores em uma troca de dívida de 2010, um acordo que já foi rejeitado pelos detentores de títulos, que buscam o reembolso integral de seus papéis imediatamente.
"A República está preparado para cumprir com os termos desta proposta imediatamente sob ordem judicial, ao apresentar um projeto de lei ao Congresso para garantir a sua rápida implementação", disse Jonathan Blackman, um advogado para a Argentina, nos Estados Unidos.
O documento é o mais recente desenvolvimento no litígio prolongado após a suspensão de pagamentos da dívida soberana argentina em 2002, de 100 bilhões de dólares.
Cerca de 92% dos títulos foram reestruturados em 2005 e 2010, com os detentores de dívida recebendo entre 25 a 29 centavos por dólar.
Mas aqueles que não participam do processo têm lutado por anos para o pagamento integral dos seus títulos.
Em outubro, a corte confirmou a decisão de um juiz que achou que a Argentina havia violado uma cláusula contratual e que seria necessário tratar igualmente os seus credores.
O juiz distrital Thomas Griesa ordenou em novembro que a Argentina depositasse 1,330 bilhão de dólares devidos aos credores em uma conta sob custódia, antes da próxima data de pagamento de juros aos investidores da dívida reestruturada.
Autoridades econômicas da Argentina convocaram uma conferência de imprensa para a tarde deste sábado (30) para comentar o assunto.
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