Mato Grosso, 31 de Janeiro de 2025
Nacional / Internacional

Nestor Cerveró é transferido para penitenciária na região de Curitiba

18.06.2015
10:02
FONTE: G1

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  • Nestor Cerveró é um dos réus da Lava Jato
O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró foi transferido nesta quarta-feira (17) para o Complexo Médico-Penal do Paraná, na região de Curitiba. Ele estava preso desde janeiro na carceragem da Polícia Federal e pediu ao juiz Sergio Moro a transferência para o sistema penitenciário do Paraná, onde estão outros presos na Operação Lava Jato.

Na petição encaminhada à Justiça, a defesa de Cerveró disse que “o pedido se justifica ante as reiteradas manifestações do Departamento de Polícia Federal de Curitiba”. A PF havia requisitado a transferência de Cerveró para o CMP junto com os ex-deputados André Vargas, Pedro Corrêa e Luiz Argôlo, além do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto por falta de espaço na carceragem.

Na ocasião, Moro aceitou todos os pedidos, à exceção de Cerveró. O juiz explicou que preferia aguardar o julgamento da ação penal em que ele foi condenado, que à época já estava em fase final.

Cerveró já foi condenado a cinco anos de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro, e responde ainda a mais uma ação na Justiça Federal. Na condenação, Moro levou em consideração a acusação do Ministério Público Federal (MPF) de que Cerveró comprou um imóvel de luxo em nome de uma empresa com dinheiro que recebeu como propina na Petrobras.

O complexo é uma penitenciária de regime fechado e com finalidades médicas. Com a chegada de Cerveró, nove dos 14 presos da Lava Jato em Curitiba estão no local.

Processo

Cerveró passou a ser réu na Lava Jato em dezembro de 2014 juntamente com Fernando Soares, lobista conhecido como Fernando Baiano, apontado como um dos operadores do esquema de corrupção na estatal; e Júlio Camargo, que prestou consultoria para a Toyo Setal.

Eles são acusados de participação em crimes como corrupção contra o sistema financeiro nacional e lavagem de capital entre 2006 e 2012, conforme a denúncia. Além deles, o doleiro Alberto Youssef também é réu nesta ação penal.

De acordo com o MPF, Fernando Baiano e Nestor Cerveró são suspeitos de receber US$ 40 milhões de propina nos anos de 2006 e 2007 para intermediar a contratação de navios-sonda para a perfuração de águas profundas na África e no México. Fernando Baiano era representante de Nestor Cerveró no esquema, ainda segundo a denúncia.

Nestor Cerveró e Fernando Baiano respodem por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Além destes crimes, Júlio Camargo responderá por evasão fraudulenta de divisas e fraudes em contratos de câmbio. Nesta ação, Youssef responde apenas por lavagem de dinheiro.

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