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O Ministério da Fazenda informou nesta terça-feira (16) que o titular da pasta, Guido Mantega, cancelou a viagem que faria à Rússia na quarta para participar da reunião do G20 e dos Brics - grupo formado pelo Brasil, pela Rússia, Índia, China e África do Sul.
O objetivo do cancelamento, segundo informou a assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda, é fechar o corte adicional no orçamento deste ano para atingir a meta de superávit primário (economia feita para pagar juros da dívida pública e tentar manter sua trajetória de queda) de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) - o equivalente a R$ 110,9 bilhões.
A data final para o anúncio do corte, que inicialmente seria divulgado na última semana, é a próxima segunda-feira (22) - quando tem de ser divulgado o relatório de receitas e despesas do orçamento federal do último bimestre.
Em maio, foi anunciado um bloqueio de R$ 28 bilhões na peça orçamentária deste ano, valor que ficou abaixo dos R$ 50 bilhões de 2011 e dos R$ 55 bilhões do ano passado. O ministro Guido Mantega já anunciou que este bloqueio extra será de até R$ 15 bilhões e também teria por objetivo ajudar no controle da inflação.
Segundo economistas ouvidos pelo G1, a meta do governo, com este bloqueio adicional no orçamento e o aumento de juros realizado na semana passada pelo Banco Central, é o de retomar a crebilidade na política econômica. Nos quatro últimos anos, somente em 2011 a meta fiscal foi atingida sem o uso de manobras contábeis.
Apesar do anúncio do corte adicional, os analistas têm se mostrado reticentes. "Eles reestimam as despesas previstas para todo este ano para baixo. E no último trimestre do ano corrigem [novamente os gastos para cima]. É coisa para inglês ver [o corte que será anunciado]. Para tentar ganhar a confiança do mercado", avaliou Mansueto Almeida, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), na semana passada.
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