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Os produtores de soja em Mato Grosso iniciam o plantio da tão esperada safra 2024/2025. O Estado, que é um dos maiores produtores de soja do Brasil, se prepara para mais um ciclo. Contudo, a atenção deve estar voltada não apenas à colheita, mas também aos cuidados essenciais para evitar pragas e doenças que podem comprometer a produção.
Jéssica Gorri é coordenadora e pesquisadora do setor de Entomologia da Fundação Rio Verde e destaca sobre as pragas na fase inicial da cultura da soja. Segundo ela, entre os principais vilões dessa cultura estão as lagartas, um inseto que pode causar danos significativos às lavouras.
“O início da germinação é uma fase que a planta está sensível, e quando ela é atacada por pragas ou patógenos, essa planta sofre de uma maneira mais intensa. E quando afetada a qualidade futura da produtividade fica completamente comprometida” afirma a pesquisadora.
Para garantir uma colheita de qualidade, a pesquisadora orienta que os produtores devem adotar práticas preventivas.
“Para evitar o surgimento das lagartas, por exemplo, uma das recomendações é ter o Tratamento de Sementes Industrial (TSI). Quando esse tratamento já vem na compra da semente o produtor tem a segurança sanitária dessa planta. Por isso é importante planejar e pesquisar sobre plantio e se preparar para esses tipos de pragas. Ter esse tipo de cuidado é o primeiro método de manejo que se faz quando vai implementar uma cultura” explica.
Entre as principais lagartas que surgem na região estão a lagarta elasmo e a lagarta Spodoptera, a primeira se adaptada no solo e a outra tem o hábito de rosca, o qual vai rosqueando a haste da planta próximo ao solo, gerando a morte ou danificando de maneira grave a planta.
“Ter algumas práticas como a escolha da semente com tecnologia é fundamental, realizar a rotação de culturas é uma estratégia recomendada para quebrar o ciclo de vida das pragas, além de monitoramento regular das lavouras e inspeções técnicas frequentes para identificar de forma precoce a presença dessas lagartas e de outras pragas, possibilitam as intervenções adequadas e o crescimento saudável da lavoura” ressalta a pesquisadora.
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