Durante fiscalização, Corpo de Bombeiros interdita boate em Goiânia

O Corpo de Bombeiros intensificou as vistorias para checar as condições de bares e casas noturnas de Goiânia. Em uma operação, realização na noite de sexta-feira (24), 69 estabelecimentos foram fiscalizados e um acabou interditado após a constatação de irregularidades. O trabalho continua até o final de janeiro.

A boate fechada fica na Região Sudoeste. Os extintores estavam vencidos desde dezembro do ano passado e a sinalização de fuga estava confusa, indicando a saída de emergência para os banheiros. Além disso, as portas não possuíam barras antipânico e estavam trancadas com cadeados.

Segundo o tenente Davi Ferreira de Castro, o responsável foi notificado e o estabelecimento foi fechado até que a situação seja normalizada. “São condições inaceitáveis para o público que frequenta essa casa noturna”, disse.

O dono da boate não foi localizado pela reportagem para comentar o assunto.

 A preocupação com a segurança aumentou após a tragédia da boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que completa um ano no próximo dia 27. O incêndio  matou 242 pessoas, sendo a maioria por asfixia, e deixou mais de 630 feridos.

De acordo com os bombeiros, as normas são as mesmas para todos os bares e boates. Para evitar que tragédias se repitam, os estabelecimentos devem ter, a cada 150 metros, um extintor de incêndio. Os equipamentos  também precisam estar dentro da data de validade. Já as espumas acústicas, usadas para abafar o som, só são permitidas se forem do tipo antichamas. “Ele é um forro que não vai pegar fogo facilmente”, explicou Castro.

Outro ponto analisado pelos bombeiros foi a documentação, como o alvará expedido pela corporação. Além disso, é necessário um projeto técnico de incêndio, elaborado com estratégias para salvar vidas em caso de emergência.

Já as saídas de emergência precisam ter portas especiais, que cortem o fogo. Sinalização e barras antipânico também fazem parte dos itens exigidos. “Essas barras ajudam a fuga, pois basta que a pessoa encoste para que a porta abra”, ressaltou o tenente.

Os bombeiros ressaltam que, além de todos os pontos citados, os estabelecimentos precisam respeitar o número máximo de lotação determinado para cada local.