Para quem prefere poupar esforços e investimentos destinados às condições básicas necessárias para a implantação de um confinamento, mas tem intenção de fazer uso dos benefícios da atividade, existem confinamentos que disponibilizam sistemas de engorda em parceria para pecuaristas ou instituições privadas. Entre os benefícios dessa alternativa estão abates programados, liberação de área de pastagens para utilização do plantio de outras culturas, maior qualidade de carne e melhor acabamento de carcaça e o alívio da pressão de pastejo.
Para os produtores da região norte de Mato Grosso, o confinamento em parceria é uma opção viável também na época de chuva, como afirma o empresário do ramo, Eusébio Zonta.
“A parceria é uma maneira de otimizar o uso da propriedade, pensando principalmente na época da chuva, na qual o ideal é que se tenha um boi por hectare, porque se trabalharmos com a quantidade de dois animais nesse mesmo espaço corre-se o risco de, na seca, haver falta de pasto para o gado na propriedade”, informou Zonta.
Na estiagem, o produtor que encaminhou seus animais para a engorda em parceria também pode lucrar mais.
“Cerca de quatro meses depois do início da seca, normalmente o preço do boi gordo sobe, isso porque normalmente a oferta de animais é muito baixa devido à falta de pasto nas propriedades. Porém quem retirou o gado de sua propriedade durante esse período e encaminhou para um confinamento vai ter boi gordo para vender justamente num pico de preço em que a maioria dos produtores não terá animais desse tipo, ou seja, o pecuarista consegue otimizar também, na alta de mercado, a sua mercadoria e isso, claro, significa lucro”, pontuou o empresário.
Sistemas – São vários os sistemas de confinamento em parceria. Uma das opções seria pagar uma diária por dia para a permanência do animal no confinamento.
“É o que chamamos na pecuária de ‘boitel’. O produtor entrega o gado, é feita a pesagem de cada animal e cobrado um valor por dia para a permanência do bovino no confinamento. Nesse caso é feito um contrato no qual fica estabelecido a quantidade de peso que o animal deve ganhar até o final do processo. No abate é checado o peso, caso a quantidade estabelecida não tenha sido alcançada se devolve a diferença do valor para o pecuarista”, declarou Zonta.
O empresário acrescenta que a margem de lucro varia de acordo com o mercado.
“A margem é variável. Existem maneiras de determinar esses números por meio de negociações no mercado futuro, mas não tem como informar um valor exato que seja valido como regra. Geralmente os clientes ficam satisfeitos com os valores finais”, observou o profissional.
O produtor Edilson Dalolio, que tem propriedade em Tabaporã, confina em parceria há quatro anos e afirma que a atividade compensa.
“É fundamental que a parceria seja com uma empresa confiável. Entre as vantagens estão o fato de que o animal será terminado no confinamento, ou seja, ele atinge as características necessárias para ser abatido, além disso, você poupa a sua pastagem e também pode utilizar a área para outras atividades. Durante todo o tempo em que confino em parceria o lucro que obtenho tem me agradado bastante”, ressaltou Pimadel.