Mato Grosso, 17 de Dezembro de 2024
Economia / Agronegócio

Cargill reduz movimentação de produtos

03.05.2017
10:04
FONTE: Reuters

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A norte-americana Cargill, gigante do agronegócio, reduziu o volume de produtos movimentados no Brasil em 2016, mas conseguiu elevar o lucro na operação local em 61%, favorecida por uma melhora em seu desempenho financeiro.

 

A Cargill originou, processou e comercializou 24 milhões de toneladas de produtos em 2016, queda ante 28 milhões em 2015, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (26).

 

A companhia não publicou detalhes sobre os produtos, mas como uma das maiores exportadoras de grãos do País e uma grande processadora de alimentos vegetais, esteve sob influência em 2016 de uma forte quebra na safra de milho.

 

"O mercado do agronegócio continua a se expandir e em grande parte se mostra resiliente aos desafios da economia [brasileira]", disse a empresa no comunicado.

 

A companhia registrou lucro líquido consolidado de R$ 670 milhões no País, ante R$ 416 milhões no ano passado. A receita líquida da Cargill no Brasil teve um pequeno avanço, de 0,7%, somando R$ 32,31 bilhões em 2016.

 

Logística

A empresa destacou também que está em fase de conclusão das obras de ampliação do terminal exportador de grão de Santarém, às margens do rio Amazonas, no Pará, onde pretende ampliar a capacidade de 2 milhões para 5 milhões de toneladas anuais.

 

"Os investimentos na área de logística avançaram durante o ano. Para a companhia, a região Norte é fundamental no escoamento da produção graneleira", disse a empresa no comunicado. O investimento na expansão de Santarém é de R$ 240 milhões.

 

A Cargill disse que boa parte desse volume adicional de grãos chegará a Santarém por meio barcaças carregadas no terminal de transbordo de Miritituba/Itaituba, na beira do rio Tapajós. "O novo terminal de transbordo rodo-fluvial está sendo finalizado."

 

Os terminais que operam na região de Miritituba são abastecidos por caminhões graneleiros vindos de Mato Grosso pela BR-163, que corta o Pará de sul a norte. A rodovia foi foco de problema para as tradings no início deste ano quando fortes chuvas provocaram atoleiros nos trechos não asfaltados.

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