Mato Grosso, 21 de Novembro de 2024
Esportes

Racismo na Espanha pode atrapalhar o país a sediar Copa do Mundo de 2030

15.06.2023

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  • Foto: Jannik Skorna

Ataques contra Vini Jr. são um problema grave e que não tem sido combatido pelas autoridades, segundo jornal britânico.

 

A expectativa em torno da definição para saber quem vai sediar a Copa do Mundo de 2030 é enorme. Para os apostadores brasileiros, será mais uma oportunidade de torcer pelo tão sonhado hexa, caso ele não venha em 2026. Até o momento, no entanto, as notícias que envolvem o Mundial de 2030 tem sido de suspense e uma dose de lamentação, especialmente na Espanha.

 

É que o país europeu é um dos candidatos a receber o torneio, em uma candidatura conjunta com Espanha e Marrocos, em uma conjunção com o continente africano. Ainda assim, os casos recentes de racismo no futebol espanhol, especialmente contra o brasileiro Vini Jr, do Real Madrid, podem acabar com as chances dos espanhóis de receberem o mundial.

 

A preocupação foi revelada recentemente em um editorial do jornal britânico The Times, que criticou o fato de as autoridades espanholas não atuarem de maneira mais firme no combate aos agressores racistas. Além disso, o editorial cita ainda o fato de a LaLiga, organização que regula o Campeonato Espanhol, não ter autoridade para punir os agressores.

 

"LaLiga expressou ontem 'enorme frustração' com a falta de sanções e condenações dos órgãos disciplinares esportivos, administrações públicas e órgãos jurisdicionais aos quais denunciou incidentes racistas. O governo faria bem em dar à LaLiga esses poderes, se isso for necessário para expulsar o racismo do jogo", diz um trecho do texto.

 

Em seguida, o editorial lembra que a Espanha pretende sediar uma Copa do Mundo e que os ataques contra jogadores negros pode afastar as chances de a Fifa levar a competição ao país em 2030. 

 

"A Espanha se prepara para concorrer ao lado de Portugal e Marrocos para sediar a Copa do Mundo de 2030. É certamente impensável que a Espanha possa ser escolhida para o torneio, a menos que tome uma atitude decisiva para expulsar o racismo do jogo doméstico. Que tipo de sinal isso envia ao mundo se não pode proteger um jovem talento prodigioso como Vinicius dos abusos dos torcedores?", afirma o editorial.

 

A corrida para receber a Copa de 2030 está acirrada, com vários postulantes ao redor do mundo. Além da candidatura conjunta entre Espanha, Portugal e Marrocos, há ainda as chances de a Arábia Saudita também entrar na disputa, com os milhões advindos do petróleo e um novo mercado em ascensão.

 

Os clubes do país estão reforçando seus elencos com jogadores renomados. Após a ida de Cristiano Ronaldo, outro que se mudou para a Arábia foi Karim Benzema, ex-jogador do Real Madrid, que assinou com o Al-Ittihad. Há expectativa que outras estrelas mundiais possam assinar com clubes árabes durante a janela de transferências.

 

Outra candidatura que corre para se tornar viável é a que reúne países sul-americanos: Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai. A postulação seria inédita no continente sul-americano, que recebeu a Copa pela última vez em 2014, no Brasil.

 

O grande atrativo dos latinos seria ter a Copa do Mundo no Uruguai 100 anos após a sua primeira edição, também ocorrida no país celeste como forma de fugir da 2 guerra Mundial que rondava a Europa. A definição de quem vai sediar a Copa de 2030 deve ocorrer no ano que vem, mas até lá a expectativa será grande. 

 

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