Para o senador, que épresidente da Subcomissão de Segurança Pública do Senado, as estatísticas sobre inquéritos não resolvidos mostram a falência domodelo atual.
Nesta segunda-feira (07.04), Pedro Taques participou do seminário promovido pela Associação dos Sargentos, Subtenentes, Oficiais Administrativos e Especialistas Ativos e Inativos da Polícia Militar e Bombeiros Militar de Mato Grosso (Assoade-MT). Durante o encontro, o senador também falou da necessidade de segurança preventiva e repressiva e diminuição da diferença salarial entre a base e o topo da estrutura militar.
Para o pedetista, a polícia é atividade essencial do Estado de Direito, porém a organização possui falhas e distorções. "Como membro da Comissão de Segurança, tive acesso a um estudo que aponta a existência de aproximadamente 145 mil inquéritos sobre homicídios sem resolução. Com esse quadro, os furtos, por exemplo, são deixados de lado, não são investigados, pois é preciso dar prioridade aos casos mais graves. O cidadão está desamparado”, afirmou Pedro Taques.
Devido à complexidade da proposta, o parlamentar disse que pretende convocar, dentro da Comissão de Segurança, audiência pública para debater exclusivamente a unificação das polícias."Precisamos de coragem para debater este tema. O atual sistema não está funcionando. Entre outras coisas, podemos justificar ainda que existe um conflito quase genético entre os policiais civis e militares, isso não é bom para a sociedade”.
O senador ressaltou que os direitos adquiridos de todos devem ser preservados, devendo ser estabelecidos critérios de transição.
Com aproximadamente 1.200 associados, o presidente da Assoade, Sargento Luciano Esteves, afirmou que o seminário tem o objetivo de despertar a conscientização da participação política dos policiais.
"Queremosgarantir aos associados a plenitude de seus direitos já previstos. Mas além disso, queremos promover uma mobilização para um debate técnico em busca de melhores condições de trabalho, daí a importância de ouvir várias pessoas com enfoques diferentes sobre segurança”, disse o presidente.