Mato Grosso, 25 de Abril de 2024
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Taxista deve responder por omitir socorro a vítimas de acidente em MT

07.10.2015
08:12
FONTE: G1 MT

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Um taxista que testemunhou o acidente que matou duas pessoas no último sábado (3) na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA), em Cuiabá, foi ouvido pela Polícia Civil nesta segunda-feira e deverá responder por omissão de socorro. De acordo com a Polícia Civil, o taxista teria tido a oportunidade de prestar socorro às vítimas do acidente, mas não o fez. Por isso, ele assinou um termo circunstanciado na delegacia e aguardará em liberdade por uma audiência no Juizado Especial, marcada para o dia 20 de outubro.

O acidente foi provocado por um homem de 24 anos que, numa caminhonete, derrubou dois postes e atingiu um ponto de ônibus. Uma cuidadora de idosos que estava esperando o transporte público foi atingida e morreu na hora. Já o motorista, que estaria embriagado e dirigia, chegou a ser socorrido, mas também morreu. A terceira vítima, uma mulher atingida pela caminhonete e que teve duas pernas quebradas, está internada em estado estável no Pronto Socorro de Cuiabá (PS).

Um vídeo divulgado pela Delegacia Especializada de Delitos de Trânsitos (Deletran) mostra o momento em que a caminhonete derruba os dois postes e bate no ponto de ônibus. A Pericia Oficial e Identificação Técnica (Politec) deve divulgar nos próximos 15 dias o resultado do exame que comprovará se o jovem que causou o acidente estava ou não embrigado.

Segundo o delegado Jefferson Dias, da Deletran, o taxista contou que o jovem que causou o acidente chegou a bater em seu carro antes de atingir as outras duas vítimas. De acordo com o delegado, a caminhonete deu um toque na traseira do táxi e, depois disso, taxista e motorista começaram a discutir.

O jovem se propôs a pagar pela batida com um cartão de crédito que acabou não sendo aceito pela máquina do taxista. Alguns colegas do taxista chegaram a cercar o jovem, que, após uma distração no tumulto, acabou voltando à caminhonete e saindo pela avenida. O delegado afirmou que o taxista confessou ter visto o acidente após a discussão com o motorista, mas ele teria preferido deixar o local a informar a polícia.

Por causa desta situação, que configura omissão de socorro, a Polícia Civil informou que o taxista teve de assinar um termo circunstanciado na delegacia e foi liberado. A pena por omissão de socorro pode chegar a 12 anos de reclusão. O caso será analisado em uma audiência do Juizado Especial no dia 20 de outubro.

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