Mato Grosso, 16 de Abril de 2024
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Servidores públicos fazem ato contra a reforma da previdência em Cuiabá

17.02.2017
09:18
FONTE: G1 MT

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  • Servidores se reuniram na frente da sede do INSS, em Cuiabá
Servidores públicos realizaram um ato na Avenida Getúlio Vargas, no Centro de Cuiabá, na tarde dessa quinta-feira (16), em protesto contra a reforma da Previdência Social proposta pelo governo federal e que hoje tramita na Câmara dos Deputados. O ato foi convocado pelo Fórum Sindical, que representa 32 categorias em Mato Grosso, e teve início às 16h, em frente ao prédio do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Durante o ato, a avenida não precisou ser interditada.

De acordo com a Polícia Militar, cerca de 100 servidores compareceram ao local. A organização do evento não se manifestou sobre a quantidade de pessoas presentes no ato. De acordo com um dos coordenadores do Fórum Sindical e presidente do Sindicato dos Profissionais da Área Instrumental do Governo (Sinpaig-MT), Edmundo César Leite, a expectativa é de que o número de trabalhadores aumente nos próximos atos, chegando a pelo menos mil pessoas.

“É preciso chamar a atenção da população trabalhadora do Brasil para esse golpe que querem dar contra o trabalhador brasileiro. Nunca mais ninguém vai aposentar nesse país. Quem vai aguentar 49 anos contribuindo e trabalhar até os 65 anos? É muito sério isso”, disse.

Para a servidora Tatiane Gomes do Nascimento, que há 10 anos trabalha na Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), o que o governo federal propõe é uma reforma “injusta e desigual”. “A reforma iguala homem e mulher no mercado de trabalho, sendo que as mulheres tem uma sobrecarga de trabalho. É injusta, também, com os trabalhadores rurais”, afirmou.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) subsede Cuiabá, João Custódio da Silva, a reforma da Previdência é chamada pelos trabalhadores como a “reforma da morte”. “Porque vai acabar com os trabalhadores da iniciativa privada e do serviço público. Um projeto desse não passaria por voto popular, porque penaliza o povo”, afirmou.

Durante o ato, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-MT), João Dourado, ressaltou que os jovens que foram inseridos recentemente no mercado e os trabalhadores informais também serão os mais prejudicados com a reforma, que irá “desmontar com a previdência pública no Brasil e privilegiar o sistema financeiro”.

“Em tese, essa reforma vem pra dizer o seguinte: 'você vai trabalhar até morrer e não vai se aposentar'. Eles usam a desculpa de rombo, mas não existe rombo na previdência, o problema é que o governo tira dinheiro da seguridade social para aplicar em outras áreas”, defendeu.

O aumento do tempo de contribuição e da idade mínima para se aposentar também foi criticada pelo presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde e do Meio Ambiente (Sisma-MT), Oscarlino Alves. “Não apresentaram estudo nenhum, eles só querem impor mudanças e reformas. É muito injusto a gente trbalhar a vida inteira e não ter garantia de que iremos nos aposentar. Ficaremos mais doentes, mais dependentes do sistema e não teremos dignidade nem para morrer”, criticou.

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