Mato Grosso, 23 de Abril de 2024
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Servidor recebe comenda do governo de MT na mesma data em que é preso

18.12.2014
15:57
FONTE: Carolina Holland/G1 MT

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O assessor especial da Secretaria de Comunicação Social de Mato Grosso (Secom), Elpídio Spiezzi Júnior, foi admitido como membro da "Ordem do Mérito Mato Grosso", com o grau de 'Cavaleiro', nesta quinta-feira (18), mesmo dia em que foi preso pela Polícia Civl por suspeita de fazer parte de um esquema que teria fraudado uma licitação no valor de R$ 40 milhões para a prestação de serviços gráficos ao estado. Procurada pelo G1, a Secom informou que ainda não vai se pronunciar sobre a prisão.

O decreto - com data de 16 de dezembro - que admite novos membros à Ordem foi publicado no Diário Oficial que circula nesta quinta e foi assinado pelo governador Silval Barbosa, que exerce a função de Grão-Mestre da Ordem do Mérito Mato Grosso. A homenagem foi destinada a 32 pessoas, incluindo donos de veículos de comunicação e membros do staff do estado.

Conforme o governo, a comenda da “Ordem do Mérito” é uma espécia de reconhecimento por parte do estado às pessoas que tenham prestados 'notáveis serviços' ao estado e que tenham se destacado no exercício de suas profissões, sendo exemplos a serem seguidos pela população.

A operação
Spiezzi, o secretário-adjunto de Administração de Mato Grosso, José de Jesus Nunes Cordeiro, e outras quatro pessoas, sendo três empresários e o funcionário de uma gráfica, teriam participado de uma licitação fraudulenta ocorrida em 2011 para a confecção de cartões de visita, cartazes, cartilhas, certificados e demais materiais gráficos. As empresas foram contratadas em 2012.

As investigações foram feitas pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Fazendária, e culminou na Operação Edição Extra, deflagrada nesta quinta. Entre os suspeitos, somente os secretários foram presos até agora. Os demais, que estão com a prisão decretada, são considerados foragidos da Justiça.

Também estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, sendo parte deles nos setores financeiros da Secretaria de Comunicação e na Secretaria de Administração do estado (SAD). Os suspeitos poderão responder por fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

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