Mato Grosso, 20 de Abril de 2024
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Projeto do Ibama coloca em liberdade 240 animais silvestres em Mato Grosso

17.04.2015
17:13
FONTE: Assessoria

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Nesta semana, a Superintendência do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis em Mato Grosso (Ibama/MT), juntamente com parceiros do Projeto Áreas de Soltura de Animais Silvestres (Asas/MT), repatriará e devolverá à liberdade 240 animais provenientes de apreensões e de nascimento em cativeiro vindos dos estados do Ceará e de São Paulo.

O primeiro lote, composto de aves e répteis, veio do Criadouro Conservacionista de Animais Silvestres, da Universidade do Vale do Paraiba (Univap), de São José dos Campos/SP. O grupo de aves é composto 29 canários-da-terra (Sicalis flaveola), nove trinca-ferros (Saltator similis), 24 papagaios-verdadeiros (Amazona aestiva), dois papagaios-do-mangue (Amazona amazonica), 11 araras-canindé (Ara ararauna) e uma arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus). De répteis, vieram sete iguanas (Iguana iguana) e 80 jabutis (Chelonoidis carbonaria). Acompanhados de uma equipe de cinco técnicos, incluindo-se dois médicos veterinários, percorreram mais de 1.800 km para serem reintroduzidos em áreas de soltura cadastradas no Ibama de Mato Grosso.

O segundo lote também veio de São Paulo, do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres do Parque Ecológico do Tietê (Cras/Pet/SP), composto por 33 iguanas e 31 papagaios, dos quais 16 são papagaios-verdadeiros e os demais são papagaios-do-mangue.

O último lote traz 10 quelônios, sendo nove tartarugas-da-amazônia (Podocnemis expansa) e um tracajá (Podocnemis unifilis), que estavam no Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama do Ceará (Cetas/CE).

Todos os animais foram submetidos a exames clínicos para comprovar a sanidade. Cada psitacídeo recebeu uma anilha metálica como marcação individual e uma pintura vermelha, temporária, para diferenciar o macho da fêmea durante o período de monitoramento. Os répteis receberam um microchip para futura identificação e acompanhamento.

Segundo a coordenador do Núcleo de Fauna do Ibama/MT, César Soares, o projeto ASAS em Mato Grosso tem tido grande êxito na reintrodução de aves na natureza. “Aves domesticadas, depois de readaptadas, retornaram a natureza, foram admitidas em bandos nativos e já estão procriando normalmente”, afirma o coordenador.

Soltura monitorada

Em Mato Grosso, já existem seis áreas devidamente cadastradas no Ibama para o Projeto ASAS e outras áreas estão em estudo para receber a reintrodução de animais silvestres.

Os passeriformes recebidos do Cras/Univap, canários e trinca-ferros, foram soltos na área da pousada Arara Eco Lodge, próximo da Estrada Parque Transpantaneira, no município de Poconé. A arara-azul-grande ficou em um viveiro de ambientação pré-soltura, para um tratamento mais atencioso, não apenas pelo valor genético do espécime mas também porque existem outros exemplares residentes na área e essa espécie de psitacídeo costuma ser bastante competitiva.

No Refúgio Ecológico Sesc Serra Azul (RESSA), em Rosário Oeste, serão soltas as araras-canindé e um grupo de 33 papagaios, após permanecerem um período num viveiro de ambientação. Metade dos jabutis e das iguanas foi solta em área de preservação permanente (APP) do rio Cuiabá.

O restante dos jabutis e iguanas foi levado para Tangará da Serra, para soltura nas APPs do rio Sepotuba, na Fazenda São Marcelo, onde se localiza a Reserva Particular do Patrimônio Natural Vale do Sepotuba, primeira RPPN estadual de Mato Grosso. Nesta área de soltura, também serão reintroduzidos 24 papagaios-verdadeiros.

Por último, serão levados os 10 quelônios, tracajá e tartarugas-da-amazônia, para soltura no rio Guaporé, no município de Vila Bela da Santíssima Trindade (distante 562 km a oeste de Cuiabá).

Para o superintendente do Ibama em Mato Grosso, Marcus Keynes, “é impressionante os contrastes de Mato Grosso. De um lado, você ainda tem proprietários rurais destruindo a fauna, passando o correntão na floresta e colocando fogo. De outro lado, você encontra proprietários cuidando de sua Reserva Legal e até criando RPPN. Esperamos que esta balança se torne mais positiva para a fauna num futuro próximo.”

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