Foi entregue nesta quinta-feira ao prefeito em exercício, Miguel Vaz Ribeiro, o projeto que prevê a universalização do esgoto em Lucas do Rio Verde. O documento, composto por 33 volumes, foi elaborado ao longo de seis meses por uma empresa de Campinas, São Paulo, e ampara o crescimento do município nos próximos 20 anos. A previsão é que até esse período, Lucas alcance população estimada em 220 mil habitantes. Atualmente, cerca de 30% do município conta com rede de esgoto.
Miguel citou que, de posse do projeto, será mais fácil alocar os recursos necessários para a execução das obras junto aos órgãos governamentais. “Com o projeto nas mãos, o município tem acesso aos meios de financiamento, como Ministério das Cidades, onde já está protocolizado o projeto”, revelou o prefeito, que não descarta contar com ajuda de instituições como Banco do Brasil, Caixa Econômico ou mesmo o BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para complementar os valores a ser investido em coleta e tratamento de esgoto. “Um projeto bem elaborado avança muito rápido nos órgãos e instituições de financiamento. Considero importante ter um bom projeto, que com isso, você consegue ter acesso a recursos”, pontuou.
O diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto, Juliano Manzeppi, acompanhou a entrega do projeto. Ele disse que a universalização é um sonho dos gestores e da própria população. Manzeppi explicou que o projeto, de forma resumida, foi protocolado no Ministério das Cidades há três meses. “Conseguindo os recursos, vamos iniciar as obras. Quanto antes conseguir, melhor pra nós e pra população”, observa Juliano, acreditando que com os recursos em mãos será possível fazer sua execução em até 30 meses.
Com experiência de 27 anos no mercado, a Ema Engenharia Ambiental foi contratada para elaborar o projeto. O diretor da empresa, que também é engenheiro sanitarista, observa que apenas 5% dos municípios brasileiros contam com universalização do sistema de esgoto. Everaldo Prado acredita que o Governo Federal só vá liberar recursos a partir de 2015, em razão de vivermos um período eleitoral. Nos anos anteriores, houve lançamento do Plano de Aceleração do Crescimento no primeiro e segundo semestre de cada ano. “Esse ano não tivemos a etapa do segundo semestre. Provavelmente só ocorra no segundo semestre do ano que vem. Porém, como todo esse material foi preparado dentro das regras e normativas do Ministério (das Cidades), já é de conhecimento deles, quando isso for aberto nós já estamos a frente de todos os outros municípios porque nos antecipamos”, destaca.
Estão previstos no projeto a implantação de aproximadamente 120 quilômetros de rede coletora, cinco estações elevatórias de esgoto e duas estações de tratamento de esgoto. Prado explica que, em relação a estação de tratamento de esgoto, para que não fique vazia nesse primeiro momento, enquanto o contingente populacional não alcance o índice estimado no Plano Diretor de Lucas do Rio Verde, ela foi modulada e será implantada em até quatro módulos, conforme a necessidade do momento.
“A qualidade do tratamento preconizado pelo projeto vai garantir um rio com equilíbrio, vida aquática, sem nenhum tipo de interferência”, garante Prado.
“O saneamento é fundamental, com esse projeto que prevê a universalização vamos eliminar todas as fossas sépticas e isso trará muitos benefícios à sociedade, como reduzir algumas doenças, assim a população vai ganhar muito em saúde e consequentemente o município vai economizar com gastos nessa área”, concluiu Vaz.
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