De acordo com os médicos, a problemática dos salários atrasados se deve a falhas administrativas do Hospital, versão que se consolida com os depoimentos dados pela Prefeitura Municipal, que, conforme a atual gestão, afirma não existir dívidas entre o executivo e a instituição, e que todos os valores estão sendo repassados rigorosamente conforme data estipulada em convênio.
Em contrapartida, a diretoria do Hospital afirma se tratar de um déficit causado pelo excesso de pacientes do SUS, e que durante o governo da atual gestão não tem recebido repasses extras e voluntários como na era Marino-Pivetta, repasses esses que, de acordo com a diretoria, é de extrema necessidade já que se trata de uma instituição filantrópica.
Diante do problema eminente, a Prefeitura por meio dos secretários Joelson Souza, que responde pela pasta de Desenvolvimento Econômico, e Jean Machado, da Secretaria de Saúde, esclareceu à imprensa o papel de conciliador que a gestão assumiu. O Hospital é uma instituição filantrópica e não é administrado pelo Poder Público, ainda assim, a Prefeitura tem buscado soluções para o problema, que, evidentemente, prejudica o cidadão luverdense, e é o bem-estar do cidadão que condescende com a prioridade do Executivo.
“O problema é grave, mas não é de agora. É um problema da sociedade, é um problema do hospital, é um problema da Fundação e é um problema da Prefeitura. Todos nós temos uma parcela de culpa, direta ou indiretamente. O momento agora é de juntar forças para sairmos desta situação. Não adianta pressão, não adianta xingamento, querer desmerecer as pessoas, atacar os médicos. Não adianta atacar A ou B. O maior problema no hospital, no nosso entendimento, é justamente essa queda de braço que a gente vem pedindo pra ambas as partes pararem, parar e pensar como cidade, como instituição” – afirmou Joelson.
A disputa entre os médicos e a administração do HSL tem respingado na Prefeitura e na população, para o secretário, tal disputa só trará prejuízos a todos, e em todos os setores da sociedade. O município é o maior comprador de serviços da unidade de saúde, por isso irá buscar acordar medidas entre os profissionais e a instituição.
“Agora, quem criou esse problema, e como vamos fazer pra sair dele, é o que está sendo estudado” – enfatizou.
Além dos médicos, o Hospital se encontra com incredibilidade junto aos seus fornecedores, portanto, a gestão municipal por meio do secretário Joelson Souza, deve começar a partir desta sexta-feira (24), uma renegociação com os fornecedores e a administração do HSL, medidas adotadas para que as aquisições de materiais sejam feitas com racionalidade.
HSL
Por se tratar de uma entidade filantrópica, o Hospital São Lucas sobrevive primeiramente de doações, tanto de pessoas físicas como jurídicas. Contudo, a entidade também pode recorrer aos recursos públicos, efetuando convênios, parcerias e solicitando auxílios e subvenções aos governos municipal, estadual e federal, autarquias e sociedade de economia mista. Atualmente, o HSL registra aproximadamente R$ 3 milhões em dívidas, além do amparo e suporte assegurados pela prefeitura municipal, a instituição carece de parcerias com iniciativas privadas e de mais doações, e como defendido pelos vereadores, o Hospital São Lucas também necessita do apoio de toda a população luverdense. Vale reiterar que o HSL não é de responsabilidade administrativa da Prefeitura Municipal, ainda assim, o Executivo trabalhará para que a situação seja resolvida o mais rápido possível.
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