Mato Grosso, 28 de Março de 2024
Mato Grosso

'Não há justiça para nós', diz mãe de jovem morta há quatro anos em MT

29.05.2016
10:37
FONTE: G1 MT

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  • Ato em Cuiabá relembra assassinatos de mulheres

O assassinato da jovem Juliene Gonçalves, de 22 anos, completa 4 quatro anos neste sábado e ainda permanece sem solução. Até esta data, ninguém foi indiciado pelo homicídio, que ocorreu no bairro CPA III. O corpo dela foi encontrado pendurado pelo pescoço no corrimão da arquibancada do campo do Botafogo, em 2012. Na época, um jovem chegou a ser preso, mas depois foi liberado pro falta de provas.

Para a família da vítima, o sábado foi de tristeza e saudade. "Passamos um dia muito triste. Eu ainda quero saber o que fizeram com a minha filha. O que aconteceu com ela é desumano", disse a professora Marlene Anunciação. A família vive no bairro CPA IV.

O inquérito está sob a responsabilidade da delegada Luciane Barros, da Delegacia de Homícidios e Proteção à Pessoa (DHPP). AoG1, ela informou que não há novidades sobre o caso. Para Marlene, falta boa vontade por parte da Polícia Civil para investigar o crime.

"A polícia só diz que está investigando. Mas não tem nada concreto, são quatro anos falando a mesma coisa. Eu acho que não está investigando. Nós não temos dinheiro. Sou professora, meu marido é vendedor de joias. Somos de família humilde. Minha filha era uma negra filha de negros. Não tem justiça para nós", declarou.

Marlene ajudou a organizar, com coletivos feministas como o Mulheres do Hip Hpp MT e o Mulheres Resistem MT, manifestações durante este mês, que chamaram de #MaioJuliene. O objetivo foi relembrar casos de violência e de assassinatos de mulheres no estado.

Em uma das manifestações, foram colocadas cruzes na frente do monumento Ulisses Guimarães, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, na capital, com os nomes de mulheres vítimas de homicídios em Mato Grosso.

"Não pode cair no esquecimento. Quem fez isso com minha filha não pensou que tivesse alguém, que pudesse sofrer por ela. Não vamos esquecer", disse Marlene.

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