A ação judicial que teve origem da Operação Imperador, do Gaeco, vai ficar temporariamente com o juiz Marcos Faleiros da Silva, da 11ª Vara Criminal de Cuiabá. A titular da Vara Contra o Crime Organizado, na qual tramita o processo, é a juíza Selma Rosane Arruda dos Santos, que ficará de licença compensatória até o dia 16 de março, segundo informações da assessoria de imprensa. Foi por determinação da magistrada que o ex-deputado José Riva foi preso no dia 21 de fevereiro, acusado de liderar uma organização criminosa que teria desviado R$ 62 milhões da Assembleia Legislativa (ALMT). Outras 14 pessoas são rés a ação, incluindo a mulher de Riva, Janete.
De acordo com a denúncia do MPE, o desvio milionário de dinheiro da ALMT ocorria por meio de fraude em licitações feitas com cinco empresas de fachada, e teve o envolvimento de servidores da assembleia e empresários. As compras - de material de informática e de escritório - eram realizadas, mas os materiais não eram entregues. Entretanto, os funcionários da ALMT atestavam que os itens haviam sido recebidos.
O dinheiro das compras do material era sacado da boca do caixa por empresários envolvidos e boa parte do montante era entregue em mãos a José Riva, que ocupava o cargo de primeiro-secretário da Mesa Diretora do legislativo estadual. As investigações deram origem à Operação Imperador, do Gaeco (Grupo de Combate ao Crime Organizado), deflagrada no dia 21 de fevereiro e que levou Riva à prisão.