Um técnico em informática de 27 anos, acusado de matar a ex-mulher grávida de quatro meses e jogar o corpo dela perto do lixão de Cuiabá, deve ir a júri no dia 2 de março. Sebastiana Aparecida Paniágua Lopes, de 27 anos, foi estrangulada em junho de 2015. O ex-marido dela está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE) desde a ocasião.
O júri está marcado para começar às 8h na Primeira Vara Criminal, no fórum da capital mato-grossense e deve ser conduzido pela juíza Monica Catarina Perri Siqueira. O G1 não conseguiu contato com a defesa do acusado.
Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), o ex-marido responde pelos crimes de homicídio qualificado, aborto e ocultação de cadáver. O assassinato foi na modalidade feminicídio, conforme o MPE, que ocorre quando o crime é praticado porque a vítima é do sexo feminino.
Eles haviam sido casados e tinham dois filhos, de 10 e 12 anos, que moravam com a vítima. O casal, após ter passado nove anos separado, havia voltado a se relacionar havia cerca de dois meses antes do assassinato da jovem.
Conforme a denúncia do MPE, Sebastiana, que trabalhava num shopping da capital, encontrou-se com o acusado pela última vez no dia 4 de junho de 2015. Os dois foram para um motel e lá começaram a discutir porque o ex-marido desconfiou que o filho que a vítima estava esperando não era dele. O técnico, então, estrangulou a jovem e jogou o corpo na região do aterro sanitário da capital.
O corpo foi encontrado por moradores no dia 5 de junho. O suspeito foi preso na manhã do dia 15 de junho, em uma chácara na Comunidade de Aguaçu, em Cuiabá. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a jovem foi esganada e morta por asfixia.
Ao ser preso, ele disse às autoridades que desconfiava da gravidez da ex-mulher e, por conta disso, houve uma discussão entre eles, no quarto do motel.