Em Mato Grosso, 25 agentes prisionais são investigados por suspeita de entrar com celulares e drogas nos presídios e cadeias do estado. Imagens cedidas pela Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) mostram um agente prisional com três celulares e uma arma de fogo escondidos nas meias e na calça dele. Esse servidor foi afastado do cargo até a conclusão de um procesimento administrativo. Se for comprovado a irregularidade, ele e outros agentes investigados devem ser exonerados dos cargos.
Após ser flagrado, esse agente que atuava em uma unidade prisional de Cuiabá foi preso. Mas depois foi liberado após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).
"Estamos em processo de expulsão e exclusão do quadro de 25 agentes, que por diversos motivos e diversas maneiras foram flagrados em algum tipo de ilícito", disse o secretário de Justiça e Direitos Humanos do Estado, Luiz Pôssas de Carvalho.
Na tentativa de impedir o uso de aparelhos que entram nos presídios, uma tecnologia de bloqueio de sinal de celulares está sendo testada, assim como o uso de cães farejadores também. Os animais estão sendo treinados para atuar em situações diferentes.
"Estamos treinando eles para fugas, motins, rebeliões, é um cão de proteção. Uma delas identifica a existência de drogas e outras está sendo treinada para identificar celular. Quero treiná-la para que seja a 6ª no mundo a identificar celular', disse o agente penitenciário Anderson Poleto.
Nos últimos dois anos, segundo a Sejudh, o volume dos materiais encontrados nos presídos reduziu em 80%. Recentemente, 15 celulares foram encontrados no raio 2 da Penitenciária Central do Estado (PCE), maior unidade prisional do estado.
Os mecanismos utilizados para barrar a entrada desses objetos são eficazes, mas muitos materiais ainda passam 'despercebidos'.
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