Representantes do poder público, instituições de Lucas do Rio Verde e do Instituto Federal de Mato Grosso realizaram ontem, no ginásio Nari Pandolfi, audiência pública para discutir quais cursos serão oferecidos pelo IFMT a partir do próximo ano. O encontro foi uma das etapas para a definição da atuação do instituto em Lucas do Rio Verde.
O pro-reitor de Desenvolvimento, Deigmar dos Santos, observou que o IFMT vem crescendo nos últimos, principalmente a partir de 2005. “Nesse período começamos o momento de expansão em nosso estado. Saímos de 3 para 18 unidades. Lucas é a 19ª unidade do IFMT”, explanou, ressaltando a importância da presença crescente do instituto num Estado com dimensões gigantescas como Mato Grosso.
O coordenador geral do campus local, Willian Silva de Paula, disse que a sociedade é que aponta quais as ações desenvolvidas do instituto. Como Lucas tem sua base econômica na agricultura e parte para verticalizar sua atividade econômica, Willian acredita que essa é uma tendência natural, já que o IFMT respeita os arranjos locais, oferecendo novas propostas e desafios. “Para agregarmos valores a outras formações que vem engrandecer essa vocação agrícola”, apontou.
“Essa audiência foi aguardada com muita ansiedade, pois foi o momento de escolher os eixos tecnológicos. E em cima desses eixos, escolher quais cursos virão pra Lucas do Rio Verde”, ressaltou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Márcio Albieri.
Na visão do prefeito em exercício, Miguel Vaz Ribeiro, o importante é adequar o Instituto à realidade de Lucas do Rio Verde. Ele aponta que hoje o município conta com 65 mil habitantes, mas com a projeção de crescimento de pelo menos 5% ao ano, em dez anos o contingente populacional passará da casa dos 100 mil moradores. Se a média de crescimento se mantiver em 10%, Lucas do Rio Verde terá mais de 150 mil habitantes em dez anos. “Com isso nós temos que planejar, enxergar o futuro, dez anos, vinte anos. Eu entendo que o município está preparado, tem vocação na produção de alimentos, por exemplo. É uma das vocações e pode agregar valores na produção primária”, defendeu Vaz Ribeiro, assinalando que há outras tendências que podem desenvolvidas, como referência regional em saúde ou educação, podendo gerar renda e desenvolvimento nesses segmentos. “É definir os rumos que vamos dar”, acrescentou.
Após a audiência, o IFMT passa realizar os planos de curso e a realização de um concurso público para contratação dos professores e servidores. A partir de janeiro do próximo ano, o campus local deverá começar a se organizar com os servidores contratados para dar sequencia ao processo de elaboração do primeiro vestibular. “A ideia da equipe de implantação é, com esse grupo de servidores, prepararmos a casa para recebermos as primeiras turmas a partir de agosto de 2015”, destacou Willian, assinalando que o IFMT deve começar com dois cursos, ampliando a oferta em graduação e pós-graduação.
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