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Desenvolvimento humano de Cuiabá é um dos 100 mais altos do país, diz Ipea

26.11.2014
06:44
FONTE: Renê Dióz/G1 MT

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Dentre os 5.565 municípíos brasileiros, Cuiabá detém o 92° melhor Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), incluindo-se no último segmento da lista das 100 cidades do país com melhores condições de renda per capita, longevidade e educação. A avaliação foi feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), fundação ligada à Presidência da República, que divulgou nesta terça-feira (25) o “Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras”.

O IDH é um índice concebido para orientar as políticas de inclusão social e de desenvolvimento em todo o mundo. Em contraste com o Produto Interno Bruto (PIB), índice utilizado para análises econômicas, o IDH tem foco na qualidade de vida humana, classificando-a de 0 a 1 em cinco faixas: desenvolvimento muito baixo, baixo, médio, alto e muito alto.

O cálculo foi criado em 1990 para o Relatório do Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O IDHM é uma adaptação do índice para cálculo de indicadores de qualidade de vida dentro dos municípios.

Cuiabá
Conforme o estudo do Ipea, com dados referentes ao ano de 2010, Cuiabá detém IDHM de 0,785 - valor que se situa na faixa de alto desenvolvimento. É o maior índice registrado entre municípios de Mato Grosso, superando por pouco o de Lucas do Rio Verde (a 360 km da capital), com 0,768, melhor índice do estado após o da capital. Lucas é frequentemente apontada como uma das cidades com melhores indicadores de qualidade de vida em Mato Grosso e sua população quase triplicou nos últimos 13 anos.

No ranking nacional, a capital mato-grossense figura empatada com outros municípios que também obtiveram o mesmo IDHM - mas que ficaram para trás devido ao desempate com base nos indicadores de renda, educação ou longevidade. Os municípios empatados com Cuiabá são Casca (RS), Catanduva (SP), Piracicaba (SP), Nova Araçá (RS), Monte Aprazível (SP), Amparo (SP) e Tremembé (SP).

No topo do ranking do país, está o município de São Caetano do Sul (SP), com IDHM de 0,862 (desenvolvimento muito alto). Além do líder paulista, apenas outros 39 municípios apresentam alto desenvolvimento. Já na “lanterna” do ranking nacional está o município paraense de Melgaço, com 0,418.

Evolução
Dez anos antes, em 2000, a capital mato-grossense detinha IDHM de 0,692 (desenvolvimento médio). O crescimento do índice em dez anos foi de 13,44%.

No mesmo período, o crescimento do PIB na capital foi ainda mais significativo: de R$ 4,57 bilhões em 2000 (à época, equivalente a 34% do PIB estadual) para R$ 14,8 bilhões em 2010 (24,8% do PIB estadual).

O PIB é calculado pela soma do consumo das famílias, dos investimentos realizados no período, dos gastos do governo no período e do saldo da balança comercial.

Mato Grosso
Em Mato Grosso, o pior índice no estudo do Ipea é o do município de Campinápolis, cidade a 565 km da capital, com IDHM de 0,538. Ao lado de Campinápolis, apenas outros dois municípios mato-grossenses apresentam IDHM da faixa de desenvolvimento baixo: Nova Nazaré (com 0,595 e a 800 km de Cuiabá) e Porto Estrela (com 0,599 e a 198 km da capital).

Na classificação por estados, Mato Grosso ficou na 11ª posição, com média de IDHM de 0,725 (desenvolvimento alto). O estado é superado por todos os seus vizinhos de Centro-Oeste, como o Distrito Federal - com índice de 0,824, o primeiro estado do ranking nacional e o único com média de alto desenvolvimento no país.

Goiás aparece na oitava posição, com 0,735, e Mato Grosso do Sul supera Mato Grosso por muito pouco, com índice de 0,729. O último estado deste ranking é Alagoas, com 0,631 (desenvolvimento médio).

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