Mato Grosso, 20 de Abril de 2024
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Desembargador do TRF-1 impede juiz federal de atuar em ação contra ex-juiz

03.09.2015
19:11
FONTE: G1 MT

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O desembargador Hilton Queiroz, da Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), concedeu medida cautelar que impede o juiz federal Jeferson Schneider, da Justiça Federal em Mato Grosso, de atuar no processo que tem como réu o ex-juiz federal Julier Sebastião da Silva, até que seja julgado o mérito de um pedido de exceção de suspeição do magistrado na ação. Julier é acusado de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro, e de ter recebido 'mesada' de grupo de empresários do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) em troca de sentenças.

O G1 não teve acesso ao conteúdo da decisão de Queiroz porque está em segredo de Justiça. Nesta semana, o desembargador também suspendeu audiência do processo que ocorreria nesta quinta-feira (3), na 5ª Vara Federal em Mato Grosso. Na ocasião, seriam ouvidos o próprio Julier e testemunhas.

O advogado de Julier, Fernando Henrique Ferreira, disse que entrou com pedido de exceção de suspeição porque o ex-juiz, quando ainda atuava na Justiça Federal, deu deciões desfavoráveis ao pai e a um irmão de Schneider. O juiz federal, entretanto, não declarou suspeição para atuar no processo e encaminhou o pedido para o TRF-1, que ainda não o julgou.

Acusação
O Ministério Público Federal (MPF) acusa Julier de ter favorecido, por meio de decisões, grupo empresarial de Osvaldo Cabral, também réu na ação, quando exerceu o cargo de juiz da 1ª Vara Federal de Mato Grosso. Em troca, o magistrado recebeu mesada e teve as despesas pessoais pagas com dinheiro das empresas beneficiadas, afirmam os procuradores federais.

Conforme a acusação, Julier chegou a receber R$ 135 mil em repasses mensais feitos por Osvaldo enquanto era juiz.

Ararath
O magistrado, que julgou casos de grande repercussão no estado, como o do 'escândalo dos maquinários', foi alvo da Operação Ararath, da Polícia Federal em novembro de 2013, quando foi cumprido mandado de busca e apreensão no gabinete dele. Em 2014, a Justiça mandou devolver os documentos apreendidos. O magistrado negou qualquer envolvimento com o esquema apurado à época.

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