Mato Grosso, 28 de Março de 2024
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Câmara lidera audiência para discutir a violência contra a mulher em Lucas do Rio Verde

30.03.2015
08:38
FONTE: ExpressoMT

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Representantes de entidades participaram na sexta-feira de uma audiência pública para discutir problemas relacionados a violência contra a mulher em Lucas do Rio Verde. O encontro foi proposto pela vereadora Cleusa de Marco. A presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, Rosana Leite Antunes de Barros, que também atua como defensora pública na capital participou dos debates.

Rosana fez uma exposição dos problemas vividos pela sociedade no enfrentamento à violência contra a mulher matogrossense. A defensora pública conversou com a imprensa e disse que o índice é crescente. Ela argumentou que a realização de uma audiência pública para discutir o assunto é importante e que a legislação brasileira refletiu diretamente no aumento das denúncias de casos de violência doméstica. “É importante para mostrarmos de onde vem essa violência, quais as políticas públicas necessárias para que a violência doméstica possa diminuir e que possamos diminuir esse quadro”, citou Rosana, defendendo uma ação conjunta do poder público e sociedade organizada, além de ações, como a inclusão nos currículos escolares de educação não sexista, como determina a Lei Maria da Penha. “É a lei mais conhecida do país. 94% da sociedade conhece a Lei Maria da Penha. Precisamos aplicá-la efetivamente para reduzir a violência doméstica”.

Entre as propostas apresentadas estão a implantação da Delegacia Especializada da Mulher, a criação do Fundo Municipal do Direito da Mulher e a implantação da casa de passagem, um local que serviria como lar transitório para mulheres vítimas de violência doméstica. Maria Dalva, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, disse que viveu essa dura realidade. Quando vítima de violência doméstica, ela sofreu também por não ter contar com apoio para reorganizar sua vida. “Eu falo com propriedade por ter vivenciado isso. É um momento difícil na vida de uma mulher, ter que sair do seio familiar por estar correndo risco de morte, não ter ninguém, uma família que a acolha e isso deixa a gente desesperada, às vezes até com criança pequena. E isso vem acontecendo no município constantemente”, declarou.

“Esse é um primeiro debate, um primeiro momento, não tivemos preocupação com a quantidade, mas a qualidade do público e os compromissos assumidos durante esta audiência pública, que a gente possa ir até o Executivo e implementar políticas públicas pra minimizar a violência contra a mulher no nosso município”, afirmou a vereadora Cleusa de Marco (PT), autora do pedido para a realização da audiência pública. 

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