A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suspendeu os voos de grande porte do aeroporto de Alta Floresta, a 800 km de Cuiabá. Uma série de documentos foram enviados pela Secretaria Municipal de Administração alegando que o aeroporto tem capacidade de atuação. Os documentos estão sendo analisados pelo órgão. Para que o aeroporto volte a funcionar, a prefeitura deve comprovar se readequações na estrutura de combate a incêndio e na infraestrutura foram executadas.
Caso a avaliação da Anac não seja positiva, os voos de grande porte do aeroporto continuarão suspensos até que as irregularidades sejam sanadas. Segundo a Agência, os documentos começaram a ser analisados na sexta-feira (18), mas não havia data para que a análise seja finalizada. Porém, um parecer sobre a situação do aeroporto deve ser emitido nesta terça-feira (22).
De acordo com a agência, as solicitações para readequação do aeroporto iniciaram no dia 29 de novembro de 2013, porém, elas não foram totalmente atendidas. Por causa disso, os prazos foram estendidos até o dia 27 de maio deste ano, quando ocorreram as primeiras restrições, e um novo prazo foi concedido à secretaria.
A pasta informou ao G1 que encaminhou um ofício à Anac no dia 23 de junho deste ano, onde alegou que o Plano de Contra Incêndio (PCINC), Plano de Treinamento Recorrente (PTR) e Aplicação Local de Treinamento (PLT) estavam em processo de licitação. Esses três quesitos foram apontados pela Anac como desatualizados.
“O grande problema era a seção de combate a incêndio, mas já estamos encaminhando documentos sobre isso com fotos da estrutura do aeroporto. O que compete ao município está sendo feito, mas desde agosto de 2012 os planos emergenciais são de responsabilidade do estado”, disse o secretário de administração, Doglas Arisi.
Nesta terça-feira, deve acontecer uma reunião entre o prefeito da cidade, Asiel Bezerra, e a Superintendência de Infraestrutura Aeroportuária, da Anac. A Secretaria de Administração do município adiantou que deve ser pedido mais prazo para as readequações exigidas.