O enfermeiro Evanderly de Oliveira Lima, de 45 anos, acusado de assassinar a juíza Glauciane Chaves de Melo, em 7 de junho de 2013, deve ser julgado na terça-feira (28), no fórum de Alto Araguaia, a 426 km de Cuiabá. A juíza tinha 42 anos e foi assassinada a tiros dentro do gabinete do fórum onde trabalhava, em Alto Taquari, a 509 km da capital. Evanderly é ex-marido da juíza.
A defesa do enfermeiro alega que o crime é passional. O acusado está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, e deverá ser escoltado até o fórum. Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), o júri será presidido pelo juiz da Primeira Vara, Carlos Augusto Ferrari. “O tribunal deve durar o dia todo, mesmo que seja preciso entrar noite adentro. É mais interessante terminar no mesmo dia que interromper. A exceção é caso os jurados queiram descansar”, explicou Ferrari. Ele confirma ainda que durante o julgamento deverão ser ouvidas cerca de oito testemunhas.
O enfermeiro é acusado de praticar crime de homicídio qualificado por motivo torpe, com utilização de recursos que tornaram impossível a defesa da vítima. De acordo com o relatado, em 7 de junho de 2013, ele invadiu a sala de audiência do fórum para conversar com a magistrada. Ao tentar reatar a relação, eles discutiram momento em que o acusado sacou a arma que portava e atirou três vezes contra Glauciane.
Inicialmente o júri seria realizado em Alto Taquari, entretanto o advogado pediu para ser julgado em outra comarca alegando que na cidade o crime causou grande comoção social, e por conta da grande influência social que a juíza tinha na cidade, o que poderia prejudicar o julgamento. O primeiro pedido de desaforamento do júri foi para Rondonópolis, que foi negado. Em seguida solicitou o julgamento na Comarca de Alto Araguaia, sendo aceito.
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