Após o toque entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg na volta final do GP da Áustria, o terceiro incidente entre eles no ano, a Mercedes criou um manual de "convivência nas pistas" (apelidado de "A Bíblia" pelos pilotos) para sua dupla seguir à risca e evitar incidentes que prejudicassem a busca da equipe pelo tricampeonato. Agora, após conquistar o Mundial de Construtores com quatro etapas de antecipação, o time decidiu que vai liberar Nico e Lewis para brigarem pelo título na reta final da maneira que desejarem, começando agora, no GP dos EUA.
- Não há ordens ou qualquer limitação. Que vença o melhor – disse o chefe do time, Toto Wolff.
- Se nada der errado no carro do Nico, o Lewis não conseguirá ser campeão neste ano. Existem anos que simplesmente não funcionam para um determinada piloto, e Lewis parece estar tendo um ano assim – aposta Niki Lauda.
A notícia chega faltando quatro provas para o fim da temporada (EUA, México, Brasil e Abu Dhabi), e com uma diferença de 33 pontos de Rosberg, o líder, para Hamilton, o vice. Ainda assim, o alemão disse que não vai mudar a postura e se apoiar na vantagem.
- Eu continuo pilotando como se o jogo estivesse empatado. No futebol, não funciona muito bem quando o time quer só gerenciar a vantagem até ao fim. Quase sempre isso cria oportunidades para o oponente virar o jogo.
Na metade da temporada, Hamilton e Rosberg tiveram que prometer “se comportar melhor” na pista, evitando toques e manobras que possam colocar em risco um bom resultado para a equipe na corrida. Preocupada em não desperdiçar mais pontos no campeonato, a Mercedes reforçou as “regras de comprometimento” entre seus pilotos, uma espécie de manual que orienta o comportamento deles na pista. O histórico de incidentes entre os dois é grande em 2016. O inglês e o alemão bateram no começo do GP da Espanha e abandonaram, tocaram-se no começo do GP do Canadá e agora se chocaram na última volta da corrida em Spielberg.
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