Se há um lado positivo na queda do Palmeiras nas quartas de final da Copa do Brasil, é o tempo maior de preparação que o time terá entre seus compromissos na luta para manter a liderança do Campeonato Brasileiro. Apenas uma das sete rodadas restantes será no meio de semana, boa notícia para um grupo que ultimamente vem dando mostras de desgaste nas etapas finais.
Os próximos jogos serão contra Sport (neste domingo), Santos (em 29 de outubro), Internacional (em 5 de novembro), Atlético-MG (16 de novembro), Botafogo (19 ou 20 de novembro), Chapecoense (26 ou 27 de novembro) e Vitória (4 ou 5 de dezembro). O duelo com a equipe mineira está marcado para uma quarta-feira.
– Eu não gostaria (que tivéssemos sido eliminados), preferia que estivéssemos competindo ainda. Temos um grupo bom de jogadores, um elenco forte, gostaríamos de estar competindo. Mas, se formos olhar para a metade cheia do copo d'água, se olharmos com otimismo, teremos tempo melhor para preparação – disse o preparador físico Omar Feitosa ao GloboEsporte.com.
Preparação não significa apenas treinar, ressalva o membro da comissão técnica palmeirense. Segundo ele, para um atleta ser competitivo, é necessário cuidar de três pontos ao mesmo tempo: além de treinamento, também recuperação e a exigência da partida em si. Com as semanas maiores, haverá mais tempo de descanso e trabalhos físicos um pouco mais longos do que de costume – já foi assim na última quarta-feira, na Academia de Futebol.
– É um pouquinho raro (ter esse tempo). Então, normalmente, a gente tenta dar os estímulos curtos, com grau de intensidade de médio para alto, nos pequenos espaços que temos de dois, três dias entre os jogos. Treinamentos com maior volume nós procuramos evitar. Treinamentos de resistência ficam em segundo plano – comenta Feitosa, certo de entregar ao técnico Cuca atletas ainda melhores fisicamente nos próximos dias.
– Com as semanas que temos, mesmo sendo final de temporada, a ideia é que o time seja competitivo durante os 90 minutos. Ser competitivo é ter boa capacidade de atuar defensivamente e, com a bola no pé, ter boa execução técnica. O que faz um time não ser competitivo? Ou não consegue marcar de forma intensa ou, quando tem a bola, está cansado e erra. Muito provavelmente, a maioria estará competitiva, tanto com a bola quanto defensivamente.
Até a partida de domingo contra o Sport, válida pela 32ª rodada do Brasileiro, a comissão técnica terá mais dois dias de trabalho (na tarde desta sexta-feira e na manhã de sábado). A equipe lidera o campeonato com 64 pontos, quatro a mais do que o Flamengo, segundo colocado.
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