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A revanche: Real tenta "La Undécima", e Atlético busca vencer complexo

28.05.2016
10:00
FONTE: globoesporte

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  • Cristiano Ronaldo
Há dois anos, Real Madrid e Atlético de Madrid se cruzavam pela primeira vez em uma final de Liga dos Campeões. Era o duelo do time soberano, historicamente ligado à realeza espanhola e maior campeão do torneio em todos os tempos, contra o time guerreiro, que vem da classe operária, em busca do título inédito. Os colchoneros foram raçudos ao extremo durante toda a campanha, incorporando o espírito do técnico Diego Simeone, e estiveram muito, muito, muito perto da taça com o 1 a 0 no placar. Mas o "Rei da Champions" apareceu no último suspiro. No "Minuto 93", Sergio Ramos voou dentro da área rival e acertou cabeçada de rara felicidade no cantinho. O empate no fim levou o duelo para a prorrogação e devastou o psicológico do Atleti, que sofreu mais três gols e acabou perdendo por 4 a 1. Não teve jeito. Era para ser. E a história foi cruel com o Atlético de Madrid.

Os deuses do futebol gostaram tanto daquela dramática decisão que, apenas dois anos depois, resolveram repetir o clássico de Madri na final desta temporada da Liga dos Campeões. Sai Lisboa, entra Milão. Mas permanece o duelo de estilos entre as duas equipes. E o enredo é parecido. Após novamente ter eliminado times com muito mais grife - Barcelona e Bayern -, o Atlético tem a oportunidade de compensar a perda de 2014 e de escrever, agora sim, o capítulo mais importante de sua história, enfim deixando para trás o complexo de vira-lata que o persegue - sempre precisou suar muito para ganhar alguma coisa. Do outro lado, o Real e seus craques vão atrás da "Undécima", como os espanhóis chamam a possível 11ª taça, com o objetivo de fortalecer a hegemonia merengue na Europa.

E aí, quem leva desta vez? A partida no estádio San Siro começa às 15h45 deste sábado (horário de Brasília), com transmissão ao vivo da TV Globo e do GloboEsporte.com. 

O Atlético enfrentou mais mudanças significativas no time de lá para cá do que o Real. Seis jogadores titulares são diferentes entre 2014 e 2016. Saíram Courtois, Miranda, Tiago (único por lesão), Raúl García, David Villa e Diego Costa. Entraram Oblak, Savic (ou Giménez), Augusto, Saúl, Griezmann e Fernando Torres. Para Simeone, o segredo dos bons resultados nos últimos anos - foram campeões espanhóis em 2013/14 - é a insistência no trabalho.

- Jogar uma final é algo fantástico. Ganhá-la será supremo. Chegar à final significa experiência. Tem que trabalhar. O melhor desse grupo é que insiste, trabalha, se reinventa. Os jogadores mudam, mas não muda o sistema, a estrutura, o compromisso. Se você repetir, repetir e repetir, pode conseguir - afirmou o treinador argentino.

O Real Madrid tem cinco peças diferentes entre os titulares, além da troca de Carlo Ancelotti por Zinedine Zidane no comando. Saíram Casillas, Varane (reserva e lesionado), Fabio Coentrão, Khedira e Di María. Entraram Keylor Navas, Pepe (era reserva), Marcelo (era reserva, entrou e fez gol na final de 2014), Casemiro e Kroos. O trio de ataque formado por Bale, Benzema e Cristiano Ronaldo, o BBC, segue intacto.

- As coisas passam. Tenho lindas memórias daquele jogo. Mas já passou, viramos a página. Não podemos viver do passado. Temos a mesma fome, o mesmo desejo e a mesma vontade do que em 2014 - disse o capitão Sergio Ramos, talvez o principal herói da final de Lisboa.

Maior astro do jogo, Cristiano Ronaldo chega a essa final com problemas semelhantes aos de 2014, quando enfrentou fortes dores no joelho. Desta vez ele sofre com dores nas coxas. A pancada que levou na coxa esquerda durante a semana parece superada, mas não pode se dizer o mesmo da sobrecarga muscular na coxa direita, pelo menos de acordo com informações de bastidores. Mesmo assim, o Real diz que está tudo bem com ele, e Cristiano vai com tudo para o duelo decisivo. No último treino antes da final, o português trabalhou bem, não deu sinais de qualquer problema físico e se destacou com um gol e uma assistência.

Os torcedores de Real e Atlético chegaram em peso à Itália para apoiar seus times. Depois de Lisboa, agora é a vez de Milão virar Madri por um dia. A cidade está no clima do jogão.

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