De janeiro a setembro de 2014, a Ford acumulou prejuízo de US$ 975 milhões (antes de impostos) em suas operações na América do Sul. Nos primeiros 9 meses de 2013, a fabricante havia lucrado US$ 93 milhões na região.
O balanço anunciado nesta sexta-feira (24) afirma que a receita caiu principalmente devido a fraqueza na economia brasileira, importação restrita na Argentina e queda de produção na Venezuela pela falta de dólares disponíveis no mercado.
A empresa também cita a variação do câmbio como um dos problemas refletidos nas perdas. A fatia de mercado da Ford na América do Sul encolheu 0,4 ponto percentual em relação ao terceiro trimestre do ano passado, passando para 8,8% das vendas totais. A expectativa é de que o prejuízo aumentará pouco no próximos meses, fechando o ano em US$ 1,068 bilhão.
Global
No contexto global, o lucro da Ford no terceiro trimestre caiu e mesmo assim superou as expectativas de Wall Street com números fortes na América do Norte e na China, apesar de uma queda na receita devido ao custo do lançamento da picape F-150 com carroceria de alumínio.
A companhia teve lucro líquido de US$ 835 milhões no trimestre, ou US$ 0,21 por ação, queda de 34% ante o ganho de US$ 1,27 bilhão, ou US$ 0,31 dólar por papel, obtido um ano antes. Excluindo itens não recorrentes, a Ford teve lucro de US$ 0,24 por ação, batendo expectativas de 0,19 por papel entre analistas consultados pela Thomson Reuters.
No ano, o ganho acumulado de janeiro a setembro foi de US$ 5,1 bilhão. A Ford alertou que seu lucro antes de impostos ficará em US$ 6 bilhões em 2014, abaixo da estimativa anterior de US$ 7 bilhões a US$ 8 bilhões, e que os custos de recall na América do Norte vão atingir US$ 1 bilhão.
Cerca de US$ 630 milhões dos custos de recall vieram no terceiro trimestre, o que cortou a margem operacional da companhia na América do Norte, disse o vice-presidente financeiro Bob Shanks. A margem de lucro excluindo custos de recall ficou em 10,2%, ante 10,9% registrado no ano anterior, devido aos custos do lançamento da F-150, disse Shanks.
A Ford seguiu perdendo dinheiro na Europa e na América do Sul, mas conseguiu ser lucrativa na Ásia e na América do Norte.
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