Mato Grosso, 20 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Fabio Schvartsman, da Klabin, será o novo presidente da Vale

28.03.2017
09:44
FONTE: G1

IMPRIMA ESSA NOTÍCIA ENVIE PARA UM AMIGO

  • Fabio Schvartsman, diretor-geral da Klabin, é anunciado como novo presidente da Vale
Fabio Schvartsman, de 63 anos, atual diretor-geral da Klabin, será o novo presidente da Vale, em substituição a Murilo Ferreira, anunciou a mineradora nesta segunda-feira (27).

"Fabio Schvartsman foi eleito pelo Conselho de Administração a partir de uma lista preparada pela empresa internacional de seleção de executivos, Spencer Stuart, em conformidade com as normas e governança da companhia", informou a Vale, em comunicado.

Antes da Klabin, Schvartsman teve passagens pela Duratex, SanAntonio Internacional e Telemar. Na Ultrapar (Grupo Ultra), trabalhou por 22 anos e atuou como sócio-diretor até 2007.

Por nota, a Klabin comunicou que Schvartsman estabeleceu um novo ciclo de gestão e de resultados à frente da companhia. "Em termos de gestão, Schvartsman sempre atuou na valorização dos profissionais e, especialmente na diretoria, fortaleceu a atuação do time de maneira integrada e orientada para resultados e alta performance", diz a empresa.

Nascido em 1954, ele é graduado e pós-graduado em Engenharia de Produção pela Poli/USP e pós-graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas.

A revista Forbes colocou no ano passado Schvartsman na lista dos 34 melhores executivos do Brasil. Ele ocupa o cargo de diretor-geral da Klabin – maior produtora e exportadora de papéis do Brasil - desde fevereiro de 2011.

O processo de seleção do novo presidente foi conduzido pela Spencer Stuart, contratada pela Vale para auxiliar no processo de escolha de potenciais candidatos.

As ações da Vale fecharam em alta nesta segunda-feira. Vale PNA subiu 2,49% e Vale ON avançou 1,34%, após a coluna da jornalista Sonia Racy, do jornal "O Estado de S.Paulo", antecipar a definição do nome de Fabio Schvartsman para substituir Murilo Ferreira no comando da Vale.

Saída de Murilo Ferreira
Murilo foi nomeado em maio de 2011, no lugar de Roger Agnelli, morto em março de 2016 em um acidente aéreo. O mandato do atual presidente da Vale termina no dia 26 de maio.

O executivo liderou a Vale durante um período de turbulência na indústria da mineração mundial e enfrentou alguns dos momentos mais difíceis da história da empresa, que tinha pesados investimentos em um período de preços mais baixos do minério de ferro.

A Vale fechou 2016 com lucro líquido de 13,3 bilhões, revertendo um prejuízo de R$ 44,2 bilhões no ano anterior.

Murilo Pinto de Oliveira Ferreira tem 63 anos e é graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas (FGV-SP), com pós-graduação em Administração e Finanças pela FGV do Rio de Janeiro e especialização em M&A pela IMD Business School, em Lausanne, na Suíça.

Em teleconferência com investidores em fevereiro, ele disse que um dos motivos para deixar o cargo é a proximidade de seus 65 anos, que serão completados em 2018.

"Nós temos como visão que devemos ter um limite de idade de 65 anos (para ocupar a presidência), isso para nós é um ponto muito importante", disse Ferreira, explicando que, se renovasse o contrato, teria apenas mais um ano no cargo.

"Felizmente, eu não tenho a mosca azul do poder, então eu achava que eu tinha que cumprir esse período." O executivo afirmou ainda que decidiu antecipar a definição sobre sua saída da presidência após ter lido na imprensa que estaria fazendo contatos políticos para tentar se manter no cargo e negou que tenha agido dessa forma.

Acordo prevê pulverizar controle
Atualmente, os maiores acionistas da companhia são: Litel Participações (que reúne os fundos de pensão Previ, Funcef, Petros e Fundação Cesp), Litela Participações, Bradespar, a japonesa Mitsui & Co. e BNDES Participações (BNDESpar).

Acordo de acionistas anunciado em fevereiro propõe tornar a empresa uma sociedade "sem controle definido", com controle pulverizado, em uma iniciativa que visa aumentar a transparência e a igualdade de direitos para todos os detentores de ação.

Hoje os fundos de pensão, a Bradespar, Mitsui e BNDESpar se reúnem em uma outra empresa, a Valepar. Essa empresa é controladora da Vale, com 53,8% das ações com direito a voto em assembleia de acionistas, mas detém apenas 33,7% do capital total da Vale.

A companhia fará uma reestruturação que acabará com essa empresa e todos os acionistas terão poder decisório equivalente à sua participação societária na Vale. Na prática, investidores minoritários terão mais poder dentro da empresa.

Pelo acordo, nenhum acionista poderá ter mais de 25% da Vale, sob pena de ter que realizar Oferta Pública de Aquisição (Opa) para os demais acionistas titulares de ações ordinárias. A proposta prevê ainda que 20% dos integrantes do Conselho de Administração serão conselheiros independentes.

IMPRIMA ESSA NOTÍCIA ENVIE PARA UM AMIGO

NOTÍCIAS RELACIONADAS

ENVIE SEU COMENTÁRIO